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O Épico de Atrahasis e o Dilúvio


“A descoberta do mais antigo texto mesopotâmico com paralelos com o Gênesis foi feito no século passado e chamado Épico de Atrahasis (Atrahasis é o principal personagem da narrativa). Apesar de ter sido primeiro publicado em 1876 por George Smith, do museu britânico, descobriu-se em 1956 que ele tinha erroneamente ordenado a destruição dos fragmentos do texto, e em 1965 que tinha somente um quinto do próprio texto! Foi então que o erudito inglês Alan Millard, assistente interino do Departamento de Antiguidade da Ásia Ocidental no Museu Britânico, pôde restaurar outros três quintos de texto dos fragmentos armazenados no porão do museu.


 Enquanto analisava um texto que tinha sido desenterrado mais de um século antes, ele notou que os escritos pareciam estranhamente como os do livro de Gênesis. Esta história épica estava preservada num tablete de mais de 1.200 linhas. O tablete em si provavelmente datava do século XVII a.C., mas a história que ele recontava remonta a séculos do período babilônico mais antigo. A história, apesar de apresentada de uma perspectiva teológica dos babilônicos, contém muitos detalhes que são semelhantes aos relatos bíblicos da criação e do dilúvio. 


No conto babilônico os deuses governavam a terra (cf. Gn 1.1). Eles fazem o homem do pó da terra misturado com sangue (cf. Gn 2.7; 3.19; Lv 17.11). Para tomar dos deuses inferiores a responsabilidade de cuidar da terra (cf. Gn 2.15)Quando os homens se multiplicam sobre a terra e se torna muito barulhento, um dilúvio é enviado (depois de uma série de pragas) para destruir a humanidade (cf. Gn 2.15). Um homem chamado Atrahasis, é avisado sobre o dilúvio e recebe ordens para construir um barco (cf. Gn 6.14). Ele constrói um barco e enche-o de comida, animais e pássaros. Por este meio ele é salvo enquanto o resto do mundo perece (cf. Gn 6.17-22). Muito do texto é destruído neste ponto, portanto não há registro da atracagem do barco. Contudo, como na conclusão do relato bíblico, a história termina com atrahasis oferecendo um sacrifício aos deuses e o deus principal aceitando a continuação da existência humana (cf. Gn 8.20-22)”.


 Além de a arqueologia confirmar o dilúvio, temos ainda a confirmação deste evento pela boca de ninguém menos que Jesus que o comparou com a sua segunda vinda: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca. E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24.37-39). Veja que Jesus admitiu o dilúvio, então para nós é questão resolvida, pois duvidar de suas palavras é duvidar de Deus.


veja também  A Epopeia de Gilgamesh e o Dilúvio

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