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ARQUEOLOGIA DA CIDADE DE SUSÃ, CAPITAL DE INVERNO DOS REIS DA PÉRSIA

Susa (ou Šuša) era uma antiga cidade do Próximo Oriente, capital do Elão e que fez também parte dos impérios babilónio, persa e parto, localizada cerca de 250 quilómetros a oriente do Rio Tigre, no que é hoje o sudoeste do Irão. É actualmente um grande campo arqueológico, e uma cidade com o seu antigo nome (Shush) situa-se nas proximidades.



Situada a 320 quilômetros a leste de Babilônia, Susã era capital da antiga Elão (Susiana), e mais tarde foi à capital de inverno dos reis persas. Destacou-se como cenário de muitos acontecimentos bíblicos nos tempos de Daniel, de Neemias, da rainha Ester e do rei Assuero (Xerxes).

Os franceses realizaram escavações aqui em 1852 sob a direção de W. K. Loftus reiniciaram-nas em 1884 com M. Dieulafoy, e tem continuado a tarefa sob a direção de Jaques Morgan e de outros. As ruínas estão divididas em quatro seções e cobrem uma superfície de uns 1.985 hectares. Portanto, talvez nunca seja completamente escavada.



Dieulafoy, ajudado por sua esposa, descobriu a fortaleza do palácio que o autor do livro de Ester chama “a cidadela de Susã”. Esta cobria uma superfície de 50 hectares, e tinha sido levantada à grande altura por sobre a cidade circundante. Era constituído da sala do trono, o “palácio real” e “o harém”, junto com os átrios interior e exterior, o jardim do palácio, pilares, escadas, terraços e várias passagens abobadadas. A sala do trono tinha 36 colunas, seis fileiras de seis colunas cada uma, com capteis talhados em forma de touros ajoelhados, espáduas e compridas vigas de cedro do Líbano que atravessavam a grande distância entre as maciças colunas. Para esse local vinha o rei quando se assentava sobre o trono de seu reino, e aqui eram celebrados seus banquetes e os acontecimentos sociais do estado, tais como o prolongado banquete descrito no primeiro capítulo do livro de Ester. O piso da sala do trono estava todo calçado de mármore vermelho, azul, branco e negro, tal como tem sido descrito no livro de Ester. “Neste piso de mármore caminhou a formosa rainha Ester, arriscando sua própria vida, aproximou-se do trono de reposteiro carmesim, parando justamente diante do tapete sobre o qual só os pés do rei podiam caminhar, para interceder pela vida do seu povo”.






Diante da grande sala do trono sustentada por colunas, estavam os jardins do palácio onde o rei caminhou enquanto refletia sobre as perversas obras de Hamã. Perto dali localizavam-se a arruinada “casa do rei” e a “casa das mulheres”. Essas casas estavam separadas, mas adjacentes uma da outra. Mais a frente situava-se “a porta do rei” onde se sentava Mardoqueu, o judeu. E entre os escombros, Dieulafoy encontrou inclusive um prisma (dado) quadrangular sobre o qual haviam gravados os números um, dois, cinco e seis. Com este “dado” (pur) eles lançavam sorte. “Eles lançaram Pur, ou seja, sorte” isto representa uma explicação para os judeus a respeito de como Hamã “lançou sortes” a fim de fixar uma data para a destruição dos judeus.

“Tudo isso causou uma impressão tão profunda em Dieulafoy, que ele fabricou um modelo em escala do grande palácio onde tinham ocorrido muitos dos acontecimentos do livro de Ester, e o colocou no museu do Louvre em Paris. Com estas restaurações, qualquer pessoa pode localizar “a porta do rei”, onde Mardoqueu se sentava, o átrio interior diante da casa do rei, onde Ester compareceu sem ser convidada por este; o átrio exterior da sala do rei, aonde Hamã veio para pedir ao rei que Mardoqueu fosse enforcado, e jardim do palácio onde o rei foi meditar e aplacar sua ira contra Hamã. Assim temos podido restaurar os contornos estruturais do palácio e obter um conhecimento mais preciso dos muitos fatos ali ocorridos, além de apreciar a maravilhosa exatidão de detalhes do livro de Ester.”


Em 1901 os homens de Morgan desenterraram três fragmentos de diorito negro que ao serem reunidos, formaram um impressionante monumento de estela, redondo na parte de cima, de 2,26 metros de altura. Constatou-se que se tratavam das leis de Hamurabi. No extremo superior do monumento há um baixo-relevo que mostra Shamash, o deus do sol, no ato de dar as leis de Hamurabi. Debaixo da escultura aparece o longo código, inscrito em cuneiforme, comportando uns 282 estatutos escritos em 3.000 linhas. Desses estatutos, 248 permanecem em muito bom estado de conservação. Porém, cinco a sete colunas no final da parte da frente foram apagadas em algum momento anterior à sua descoberta. Pere Jean Vincent Scheil, um brilhante assiriólogo francês, traduziu e publicou o código em um período de três meses. Imediatamente o código foi reconhecido um dos documentos jurídicos mais importantes que nos tem chegado da antiguidade.

“As leis estavam precedidas por um longo prólogo no qual Hamurabi honrava aos deuses do país. Hamurabi representa a si mesmo como um pastor e “um príncipe piedoso e temente a deus”, o que fez com que estela fosse gravada e colocada em um lugar público, para que o forte não oprimisse ao débil e para que a justiça prevalecesse no reino. As leis de Hamurabi eram para todas as pessoas de seus domínios, para o homem comum e para os juízes que tinham de decidir os casos pela lei. Observe-se sua tranqüilizadora súplica no prólogo:

“Que qualquer homem oprimido que tenha causa justificada venha à presença da minha estátua, o rei da justiça, e então leia cuidadosamente minha estela inscrita, e preste atenção às minhas preciosas palavras, e possa minha estela esclarecer seu caso; para que ele possa compreender sua causa, e possa aliviar sua preocupação.”

No código que se segue há legislação que rege quase todos os aspectos das atividades da vida diária, com exceção do que era considerado religioso.

“A descoberta do cilindro foi de extraordinária importância para toda a humanidade, mas especialmente para os eruditos da Bíblia. Em primeiro lugar o código era uma evidencia que apoiava a autenticidade da lei de Moisés. Alguns críticos tinham afirmado que a arte da escrita e a ciência da lei eram desconhecidas nesse período tão recuado da história. Mas aqui havia evidência indiscutível de que elas eram bem conhecidas muitos séculos antes da época de Moisés. Em segundo lugar há semelhanças, inclusive paralelos surpreendentes, entre partes dos estatutos de Hamurabi e os de Moisés no livro da aliança. Por exemplo, ao citar a lei por danos pessoais, o estatuto 206 de Hamurabi diz:

“Se um homem fere outro acidentalmente em uma briga com uma pedra ou com seu punho, e este não morrer, mas cair de cama... aquele que o feriu o indenizará pelos dias em que ele ficar sem poder trabalhar, e providenciará sua cura.”


A lei de Moisés para a mesma ofensa diz:

“Se dois homens brigarem e um ferir o outro com pedra ou punho, e este não morrer, mas cair de cama, se ele tornar a levantar-se e andar fora sobre seu bordão, então aquele que o feriu será absolvido; somente pagará o tempo perdido e o fará curar-se totalmente (Ex 21.18-19)”.

A semelhança entre este e vários estatutos deixou o caminho aberto para que alguns críticos eruditos propusessem a teoria de que as leis de Moisés na Bíblia foram em sua maioria derivados do código de Hamurabi. Todavia, depois de um exame mais cuidadoso, os eruditos em geral tem abandonado essa teoria. Constataram também, pelo resultado de outras pesquisas, que em tempos antigos havia códigos em vários países. Alguns eram inclusive, mais antigos de que o código de Hamurabi. A consciência universal dentro do homem tem-lhe ditado há muito tempo que existe o correto e o incorreto, e que a justiça é o critério apropriado para um tratamento humanitário.

“A lei de Moisés é muito superior ao código de Hamurabi, ou a qualquer outro dos códigos antigos de leis, devido a seus critérios morais, sua insistência no motivo do amor tanto a Deus como aos homens, sua exigência de um tratamento mais humano para os escravos, sua maior valorização da vida humana, e sua maior consideração quanto à condição da mulher. Mas basicamente a lei de Moisés é superior porque se move basicamente em alto plano moral e espiritual infinitamente superior a todos os demais códigos. Moisés ensina sobre a realidade do pecado na vida do homem, e sobre a responsabilidade do homem perante Deus com respeito a esse pecado. Esse é um fato que Hamurabi e os outros legisladores não conseguiram compreender em absoluto. O código de Hamurabi era exclusivamente civil e criminal, enquanto a lei de Moisés era cerimonial e religiosa, e profundamente espiritual, chegando a ser sem igual nesses aspectos entre os códigos de leis de todos os tempos.”


FONTE:
Bíblia Thompson, Suplemento Arqueológico

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Arqueólogos encontram bracelete de 1.550 a.C. em Israel


Bracelete pertenceria a pessoa de alto nível social

O governo de Israel divulgou nesta terça-feira uma imagem de um bracelete de bronze descoberto no sítio arqueológico de Safed, no norte do país. Os cientistas acreditam que o objeto foi criado entre 1.550 a.C. e 1.200 a.C., durante a Idade do Bronze. As informações são da EFE.

Os arqueólogos dizem que o bracelete está em perfeito estado de conservação e tem adornos que fazem referência ao poder, à fertilidade e à lei, o que indica que pode ter pertencido a uma pessoa de alto nível na sociedade local da época.

Essas escavações foram realizadas como prelimiar para o desenvolvimento da região: novos bairros, áreas comerciais e uma escola de medicina estão destinados a serem construídos nesse local.


A pulseira foi encontrada dentro de uma casa numa propriedade que data do período cananeu (Idade do Bronze tardia). Estava exposta, a flor da terrana durante a escavação, e fazia parte de um antigo povoado que existia na encosta sudeste de Ramat Razim, numa área rochosa com vista para Mar da Galiléia e para as Colinas de Golã. A construção foi feita com pedras calcária naturais da região e incluia um pátio central pavimentado cercado por salas que foram habitados e usados como armazéns. Junto com a pulseira, foi enconttrado um escaravelho cananeu feito de pedra e gravado com hieróglifos egípcios. Na antiguidade escaravelhos eram usados como pingentes ou eram embutidos em anéis. Eram usados como um selo pelas pessoas que os portavam ou como um talismã com poderes mágicos. Com esses achados aprendemos que os moradores que habitavam esse local estavam também envolvidos no comércio.

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Arqueólogos descobrem igreja bizantina de 1.500 anos em Israel


Arqueólogos descobriram em Israel uma antiga igreja com idade estimada em 1.500 anos


A construção possui um mosaico bem coservado no chão, com desenhos de leões, raposas, peixes e pavões


A igreja está localizada a sudoeste da cidade de Jerusalém



Arqueólogos estimam que a igreja estava ativa entre os séculos V e VII d.C.


As escavações começaram depois que ladrões foram vistos a pilhar o local


Descoberta foi anunciada pela Autoridade de Antiguidades de Israel


A princípio, imaginava-se que sítio arqueológico continha uma sinagoga


Posteriormente, a construção foi identificada como uma igreja bizantina


Arqueólogos descobriram em Israel uma antiga igreja com idade estimada em 1.500 anos.

A construção possui um mosaico bem preservado no chão, com desenhos de leões, raposas, peixes e pavões.

O representante Amir Ganor, da Autoridade de Antiguidades de Israel, disse que a igreja localizada a sudoeste da cidade de Jerusalém era frequentada entre os séculos V e VII d.C.

As escavações arqueológicas começaram depois que ladrões foram vistos pilhando o local.

A princípio, os investigadores haviam pensado que tinham encontrado uma sinagoga antiga, mas trata-se, na verdade, de uma igreja bizantina.

fonte: Folha.com

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Encontrada espada romana com dois mil anos em Jerusalém


Um grupo de arqueólogos israelitas encontrou uma espada com cerca de dois mil anos, que poderá ter pertencido ao exército romano. Apesar de estar dividido em duas partes, é a primeira vez que se encontra um objecto destes tão bem conservado.

A espada foi encontrada por arqueólogos israelitas na cidade velha de Jerusalém, anunciou na segunda-feira o porta-voz das Autoridades de Antiguidades Israelitas (IAA). A descoberta da arma, com cerca de 60 centímetros de comprimento, terá sido feita junto a um antigo sistema de drenagem, que ligava a cidade de David a Jerusalém.

O objecto de guerra encontrava-se dividido em duas partes junto a uma bainha de couro, que continha inda um objecto de pedra com uma gravura de Menora, e segundo os especialistas terá pertencido a um soldado romano. O director das escavações arqueológicas, Eli Shukron, explicou que os artefactos remontarão à revolta judia que se deu naquela região durante a ocupação romana, no ano 66.


Apesar de já terem sido encontradas duas espadas romanas em Jerusalém, nenhuma delas se encontrava em tão bom estado de conservação como a que ontem foi anunciada pelos arqueólogos israelitas. “O bom estado de conservação da espada é surpreendente: não só o seu comprimento, mas também a preservação da bainha de couro e parte da sua decoração”, disse Shukron relativamente ao objecto encontrado.

Para além desta descoberta, os arqueólogos encontraram ainda no sistema de drenagem vestígios da presença de pessoas, que defendem ser de judeus que lá se escondiam dos romanos, durante a destruição do Segundo Templo, por volta do ano 70.

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Arqueólogos encontram templo samaritano no Vale do Jordão

Arqueólogos israelitas descobriram uma antiga sinagoga Samaritana no Vale do Jordão com uma inscrição curiosa que diz: "Este é o templo", informou a Direcção de Antiguidades de Israel. As informações são da agência Efe.

Com cerca de 1,5 mil anos, o templo, localizado a sudeste da antiga cidade de Beisán, ao norte do vale do rio Jordão, foi descoberto durante escavações para ampliar a área urbana de Beit Shean.

"A descoberta na área agrícola ao sul de Bet Shean oferece novas informações sobre a população samaritana desse período", disseram em um comunicado os arqueólogos Walid Atrash Yaacov e Harel, chefe do projecto.

Na imagem, uma parte do mosaico com a inscrição: ' Este é o templo'

A sinagoga foi localizada a sudeste da antiga cidade de Beisán, ao norte do vale do Jordão

Imagem aérea da sinagoga

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HISTÓRIA DA PALESTINA A TERRA PROMETIDA

MAPA DA PALESTINA NOS TEMPOS DE JESUS




CANAÃ A TERRA PROMETIDA

A Palestina, ou terra de Canaã, também é um símbolo teológico significativo no Antigo testamento. Esse território era o componente principal da promessa inicial de Deus a Abraão (Gn 12.1-3) e o objetivo ou destino das narrativas do Pentateuco. O êxodo do Egito foi o livramento divino com o propósito de levar os israelitas a "uma terra boa e vasta, onde há leite e mel com fartura" (Ex 3.8). Canaã era a meta da obediência à aliança de Javé e a recompensa pela manutenção das estipulações da aliança.


PALESTINA - ONDE SITUA-SE

A região da Palestina recebeu este nome por causa dos filisteus (Pelishtim), que se instalaram ao longo da costa do Mediterrâneo de Jope a Gaza por volta de 1300-1200 a.C. Segundo a Bíblia, o povo filisteu estava ligado a Cafror, geralmente associado à ilha de Creta (Jr 47.4; Am 9.7). Antes das migrações filistéias, a região chamava-se Canaã. Esse termo significa "terra púrpura" e, provavelmente, originou-se da tintura produzida por moluscos muricídeos encontrados em abundância ao longo da costa.

A Palestina é geralmente considerada o centro geográfico e teológico do mundo antigo. Situava-se no cruzamento de rotas comerciais importantes da Antiguidade, a "terra entre" os continentes da África, Ásia e Europa. Também foi nessa área que o judaísmo, o cristianismo e o islamismo se originaram. A região tem aproximadamente 240 km de extensão de Dã a Berseba (norte-sul), e 160 km do rio Jordão ao Mediterrâneo (leste-oeste), área equivalente ao Estado de Sergipe. O clima é típico do Oriente mèdio, com inverno, cujo clima varia de ameno a frio; e isso de acordo com a altitude. Normalmente cai um pouco de neve nas maiores elevações. A estação chuvosa vai de outubro a abril e os meses quantes e secos de verão vão de maio a agosto.

A terra divide-se claramente em quatro regiões longitudinais, ou norte-sul: a planície costeira, as colinas centrais, o vale do Jordão e o planalto da Transjordânia (Dt 1-6-8). As principais divisões geográficas latiduniais ou leste-oeste da Palestina, estão relacionadas a características do terreno e limites políticos do reino israelita dividido. Essas divisões incluíam a região da Galiléia ao norte.

Samaria no centro-norte da Palestina, Judá na porção centro-sul, o Neguebe ao sul, e a península do Sinai formando uma grande barreira natural entre a Palestina e o Egito.

A IMPORTÂNCIA DO VALE DO JORDÃO PARA A PALESTINA

O vale do Jordão é uma grande depressão geológica que começa na Síria, nas montanhas do Líbano, e corre para o sul até o golfo de Ácaba e o mar Vermelho. O vale do Jordão, que forma o limite oriental da Palestina, também faz parte da depressão recortada.


O rio Jordão origina-se nas encostas mais baixas do monte Hermom e é formado por três ribeiros de nascente. O Jordão flui ao sul do Hermom até o lago e pântano de Hulé e depois cai rapidamente 300m, desaguando no mar da Galiléia. Este lago de água doce fica a mais de 200m abaixo do nível do mar e é cercado por colinas. O lago em sí tem 20km de largura e 11km de comprimento. Em seguida, o rio flui sinuosamente ao sul até o grande mar Salgado ou Morto, mais de 400m abaixo do nível do mar - o ponta mais baixo do planeta.

Foz do Jordão no Mar da Galiléia

Na antiguidade, a região ao redor do mar da Galiléia era densamente povoada e intensamente cultivada por meio de irrigação. Mais ao sul, o vale do rio estreitava-se e ficava coberto de vegetação densa, habitação de animais selvagens nos tempos do Antigo Testamento (Jr 49.19; 50.44; Zc 11;3). A extremidade sul do vale fluvial era, em grande parte, despovoada, exceto onde o rio Jaboque desaguava no Jordão e no oásis de Jericó. Ladeado por montes de argila escorregadia e mata fechada, o vale do Jordão ainda é uma barreira natural entre a Palestina e o planalto da Transjordânia.


O mar Morto não tem meio de vazão natural, e suas águas ricas em minerais possuem teor salino de 30%. Os desfiladeiros de calcário circundantes da margem ocidental do mar são repletos de cavernas que servem de esconderijos para bandidos, foragidos políticos e seitas religiosas.
Entre as cavernas desta paisagem erodida foram encontrados os famosos manuscritos do mar Morto ou de Cunrã. Ao sul do mar Morto, o vale de Arabá estende-se por cerca de 160km até o golfo de Ácaba.



AS ROTAS COMERCIAIS

O profeta Ezequial descreveu o comércio fenício no primeiro milênio a.C., confirmando a localização estratégica da região siro-palestina (Ez 27.12-36). Como ligação terrestre entre África e Eurásia, a Palestina desempenhava papel importante no comércio internacional já no terceiro milênio a.C.


Havia duas grandes rotas internacionais que ligavam a Mesopotâmia e o Egito através da Palestina. Ambas eram rotas antigas, originárias da Idade do Bronze Antigo (3000-2100 a.C.). Uma se chamava "caminho do mar". A rota começava em Cantir (Cantara) no delta leste do baixo Egito, atravessava o norte da península do Sinai, rumava ao norte pela costa do Neguebe e da Judéia e depois se desviava para o interior por Megido até a planície de Bete-Seã. Ali a estrada se dividia, uma artéria indo para oeste pela margem do mar da Galiléia até Dã e Damasco, e a outra seguia para o sudeste, ligando a Babilônia a Ur dos Caldeus.


A segunda rota comercial importante chamava-se "estrada dos reis". Ela também ligava a Babilônia ao Egito, atravessando o Sinai por Cades-Barnéia e continuando até o Neguebe por Edom. A estrada corria ao norte através de Moabe, Amom e Gileade até Damasco e dali até a Mesopotâmia. O rei Jorão chama a parte sul dessa rota de "caminho do deserto de Edom" (2Rs 3.8, ARA).


Estradas secundárias que saíam da "estrada do rei" incluíam uma rota de Cades-Barnéia a Elate (possivelmente o "caminho que vai para mar Vermelho", em Nm 14.25) e outra para Elate, partindo de Bosra, mencionada na batalha que os reis de Sodoma e Gomorra travaram com Quedorlaomer (Gn 14.5,6).

A rota menos importante começava em Elate, estendia-se à Babilônia pelo deserto da Arábia com paradas em Dumá e Temá. Também havia uma estrada de Dumá para Damasco, ao norte. Além disso, 23 vias regionais ou locias cruzavam a Palestina dos tempos bíblicos.
PONTOS IMPORTANTES DA PALESTINA


GALILÉIA
O termo vem do hebraico, que significa “circuito”, “distrito”, “região”. Está situada na região do norte de Israel situada entre o mar Mediterrâneo e o vale de Jezreel. É uma região de colinas, entre eles o célebre monte Tabor, local em que segundo os Evangelhos, ocorreu a transfiguração de Jesus Cristo.

Nos tempos de Cristo a região incluía a parte setentrional da Palestina, a oeste do Jordão e ao norte de Samaria. Dividia-se em Alta e Baixa Galiléia. Os galileus usavam um dialeto e uma pronúncia peculiares. Nas Escrituras o termo “Galileu”, foi usado durante o processo de Jesus, bem como na boca de uma criada do Sumo Sacerdote. Tudo indica que levava tom de desprezo na observação que as pessoas faziam a Pedro na mesma ocasião: “Verdadeiramente, és um deles, porque também tu és Galileu” (Marcos 14.70).


SAMARIA

Capital do reino do norte de Israel, estava localizada sobre uma colina de 91 metros de altura, a 67 quilômetros ao norte de Jerusalém.

À época da invasão da terra por parte dos israelitas esta região era habitada pelos farizeus. Couberam como herança as tribos de Efraim, Issacar e Benjamim. Com a divisão do reino entre Roboão e Jeroboão, a faixa de terra que se estendia desde Betel até Dã, e desde o mar Mediterrâneo até a Síria e Amom, ficou conhecida como província de Samaria. Essa área de terra foi primeiramente ocupada pelas dez tribos de Jeroboão.

Esse território foi diminuídos pelas conquistas de Hazael, rei da Síria, conforme relato bíblico: “Naquelas dias começou o Senhor a diminuir os limites de Israel, que foi ferido por Hazael em todas as suas fronteiras, desde o Jordão para o nascente do sol, toda terra de Gileade, os gaditas, os rubenitas e os manassitas, desde Aroer, que estão junto ao vale de Amom a saber Gileade e Basã” (2 Reis 10.32). Depois foi a vez de Pul e Tiglate-Pileser diminuírem a extensão da província (2 Reis 15.29) e finalmente pelas vitórias de Salmanaser, que “passou por toda a terra, subiu a Samaria e a sitiou por três anos” (2 Reis 17.5-6). Depois deste último, Samaria ficou em completa desolação (2 Reis 17.23), sendo depois povoada por estrangeiros durante os anos de cativeiro (2 Reis 17.24; Esdras 4.10).

A capital da província de Samaria era a cidade que tinha o mesmo nome: Samaria. Onri pai de Acabe comprou de um cidadão de nome Semer, um monte onde construiu uma bela cidade. Em homenagem a seu antigo proprietário, Onri deu a cidade o nome de Samaria (1 Reis 16.24).

Estava situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente da planície de Sarom, no alto de um monte alongado e íngreme. Os reis empreenderam muitas obras na cidade para a tornarem forte, bela e rica. Acabe construiu uma casa de marfim (1Reis 22.39) e também mandou cercar a cidade com grossas muralhas, tornando-a invencível. Construiu ainda, a gosto de sua esposa, um monumental templo dedicado a Baal.

Foi ali que os profetas Elias e Eliseu exerceram seus ministérios. Por causa de seus constantes pecados, foi tomada mais tarde, depois de um cerco de cinco anos. O assédio, principalmente por Salmanaser IV, foi concluído por Sargão no ano de 772 a.C. (2 Reis 17.5-6). Os habitantes sofreram horrivelmente durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos pelos profetas Oséias (Oséias 10.5,8-10) e Miquéias (1.6).

Este último havia predito que a cidade seria reduzida a um montão de pedras. Subjugada a cidade, Sargão mandou seus habitantes para longe, estabelecendo-os em territórios que ficavam muito longe do país de origem. Em contrapartida trouxe outros povos para habitar as terras despovoadas, foi assim que surgiram os samaritanos.


JUDÉIA
Esse nome aplica-se, algumas vezes, a toda a Palestina (At 28.21), mas geralmente só a parte meridional do país. A extensão do território que coube a Judá acha-se minuciosamente descrita em Josué 15. O limite norte do primitivo quinhão de Judá começava no lugar em que o Jordão entra no mar Morto, e daí para o ocidente, passando por Bete-Semes, até Jabneel perto de Ecrom, distante 16 km do Mediterrâneo. E a linha limítrofe toma depois a direção sudeste, quase em linha reta, correndo junto ao país do filisteus, e pelos limites de Simeão até Cades-Barnéia, na orla do deserto. Ao oriente era limitada pelo mar Morto e montanhas de Seir na terra de Moabe. Mas, depois da morte de Salomão a tribo de Benjamim fez aliança com a casa de Davi, ficando assim incorporadas as duas tribos. E por essa forma Jerusalém ficou dentro dos limites do novo reino, tornando-se a cidade real (2Sm 2.9). Partes de Simeão (1Sm 27.6) e outra de Dã (2Cr 11.10) foram também incluídas em Judá, mais tarde foi essa área pela inclusão de parte de Efraim (2Cr 13.19; 15.8; 17.2). O total do território acha-se dividido em quatro regiões, e tinha a extensão de quase 72 km do norte ao sul, sendo de 80 km a distância do oriente ao ocidente.

O nome Judéia veio do nome do patriarca que herdou essa faixa de terra como herança, Judá. A Judéia era a porção no extremo sul das três principais divisões da Terra Santa. Também denotava o reino de Judá, para distingui-lo do reino de Israel (Norte). Toda a região é montanhosa, e os picos mais altos estão em Jerusalém. Essas montanhas se estendem para o sul, passando por Belém, alcançando Hebrom, formando depois as famosas cadeias de montanhas da Judéia. A leste dessa região fica o rio Jordão e seu vale; mais para oeste a região montanhosa; e mais para oeste, Sefalá ou colinas baixas. Ao norte, a Judéia fazia fronteira com Samaria; ao sul encontrava-se o grande deserto. Três estradas partem de Jericó e seguem na direção noroeste, até Ai e Betel, a sudoeste de Jerusalém, e para o sul e para o sudoeste, até o baixo Cedrom ou até Belém.

O coração da Judéia sempre foi à região montanhosa, um planalto que se estende desde Betel até Berseba, onde estão localizadas as cidades de Jerusalém, Belém e Hebrom. Esse planalto tem vertentes que descem na direção do ocidente até a planície marítima com margens no mediterrâneo. No lado oposto, oriental desce em direção do mar Morto e do rio Jordão. Nessa localização se encontra o deserto da Judéia. A cidade mais importante dessa região era Jericó.


DECÁPOLIS

Distrito do norte da Palestina, com grande população grega, principalmente no lado leste do Jordão e que abrange dez cidades. Decápolis é o nome dado na Bíblia e por escritores antigos a uma região na Palestina que se encontra ao leste e a sul do mar da Galiléia. Seu nome é dado devido à confederação das dez cidades que dominaram sua extensão, unidas por certos costumes e por certa população. Localiza-se entre a planície de Esdrelon, dirigindo-se para o vale do Jordão, ocupando o leste deste rio. Era formada pelas cidades de Hipos (na margem oriental do mar da Galiléia), Damasco (ao norte), Canata (no extremo leste), Diom, Gadara, Citópolis (no extremos oeste), Pela, Filadélfia e Gerasa (no extremo sul.
PARTIDOS E SEITAS DA PALESTINA

SADUCEUS
Representavam o poder, a nobreza e a riqueza. Grandes proprietários de terras e membros da elite sacerdotal, controlavam o Sinédrio, o conselho supremo de Israel. Em matéria religiosa, negavam a imortalidade da alma e aceitavam apenas o texto escrito da Lei (Torá) e não suas interpretações orais. Foram os principais responsáveis pela condenação de Jesus.

ESCRIBAS
Sem ligação com uma atividade econômica ou partido específico, gozavam no entanto, de enorme autoridade, por terem entre seus membros os intérpretes abalizados das Escritos. Detinham forte influência no Sinédrio, nas sinagogas e nas escolas rabínicas.

FARISEUS
Separavam-se do resto da comunidade judaica pelo cumprimento rigoroso das numerosas regras de pureza prescritas na Torá. Reuniam representantes de todas as classes sociais, principalmente dos artesãos e comerciantes. Foram duramente criticados por Jesus por desprezarem a essência da Lei, enquanto davam extrema importância a suas minúcias formais. Criam na imortalidade da alma e na ressurreição do corpo.

ZELOTAS
Dissidentes radicais da seita dos fariseus, expressavam os sentimentos dos pequenos camponeses e dos pobres em geral. Religiosos e ultranacionalistas, resistiam aos dominadores pagãos e contavam com iminente chegada do Messias para desencadear uma guerra contra os romanos. Por isso eram duramente perseguidos.

ESSÊNIOS
Compostos por sacerdotes dissidentes e leigos exilados, viviam em comunidades ultra fechadas, como as que foram descobertas nas cavernas de Qumran. Consideravam-se únicos puros em Israel, levavam uma vida comunal extremamente austera. Praticavam rituais como o batismo e dedicava-se ao trabalho manual na lavoura. Combatiam tanto os romanos quanto o poder do Templo de Jerusalém. Propunham uma guerra santa para instaurar o "reino dos justos".
Roma começou a se destacar mais ou menos na mesma época em que a cidade-estado de Atenas assumiu a hegemonia da Grécia, ou seja, no século V a.C. Naquela época Roma foi reforçando seu exército e dominando áreas cada vez maiores. Depois de submeter seus vizinhos mais próximos, derrotou os etruscos. Mais tarde expulsou as tribos do povo gaulês, que atacavam pelo norte da península. Em pouco tempo, quase toda a Itália pagava tributos a Roma.

Depois de derrotar os catargineses, Roma passou a atacar outros povos. Os objetivos dos romanos nessas guerras continuavam as mesmas: dominar territórios, cobrar impostos dos povos dominados e escravizar prisioneiros de guerra. Depois da Grécia os romanos conquistaram a Ásia Menor. Foi assim que em 63 a.C. os judeus perderam sua independência quando Pompeu, mai uma vez os submeteu ao “jugo dos pagãos”.

O poder estava nas mãos do imperador de Roma; ele é quem mandava nas forças armadas, ele é quem governava e tinha o poder de legislar não só em causa própria, mas também alheia. Ele era também o chefe religioso. O imperador nomeava as pessoas para os cargos de destaque, como os prefeitos de uma cidade ou governador (chamado procônsul) de uma província. A Palestina foi governada por um procônsul romano que residia na Síria. Seus limites abrangiam a Judéia, Peréia, Samaria, Galiléia, Decápolis. Em cada uma dessas regiões havia um governador que era indicado pelo imperador, sendo cada qual independente e autônoma.

Foi assim que Herodes o Grande foi indicado pelo imperador Augusto para exercer o governo da Palestina. Seu cognome, "o Grande", deveu-se principalmente a um fabuloso programa de obras urbaníticas e arquitetônicas. Ele imediatamente recuperou economicamente a Judéia com suntuosas construções, como também fortificou as cidades com muros ou contingentes militares. Jerusalém e várias outras cidades foram reurbanizadas ao estilo romano, cortadas por grandes avenidas e embelezadas com palácios, anfiteatros, hipódromos, piscinas e jardins. O preço desse ambicioso empreendimento foi uma opressão ilimitada sobre o povo. Seu governo perdurou de 37 a.C. a 4 d.C. Herodes retalhou o país por testamento entre três dos seus filhos, que milagrosamente conseguiram sobreviver, sendo assim repartida à Palestina:

Herodes Arquelau recebeu a parte central: Judéia, Samaria, e Iduméia. Governou por seis anos, até que foi exilado pelos romanos. Com este fato, sua região passou a ser governada por procuradores, nomeados, como de costume, diretamente pelo imperador. Não muito tempo depois os romanos entregaram sua região para ser governada por Herodes Agripa I.

Herodes Antipas ganhou a Galiléia e a Peréia – a parte da Transjordânia habitada por judeus, do mar Morto até perto do mar da Galiléia.

Herodes Felipe II ficou com as terras entre o mar da Galiléia e a Síria, ou seja, cinco distritos: Gaulanitis, Betânia, Auranitas, Ituréia e Traconites.

Herodes Agripa I recebe parte das terras do Líbano. Depois da morte de Herodes Antipas, foi incorporada a sua jurisdição as regiões da Galiléia, Peréia e a Judéia. Foi em sua administração que foi morto Tiago (Atos 12.1-4) e também preso o apóstolo Pedro. Esse Herodes é o que foi comido de bichos por não ter dado glória a Deus (atos 12.23).

A submissão política e a extorsão por meio de impostos geraram uma forte oposição ao domínio romano, que culminaria em revolta generalizada. Em consquência, no ano 70 d.C., a população judaica foi dispersa e Jerusalém, destruída pelas legiões comandadas por Tito, futuro imperador de Roma.




FONTES:
Módulo I do curso Fundamental de Teologia da FTB
Panorama do Antigo Testamento - Editora Vida
Dicionário Bíblico - Editora Didática Paulista
Revista Arquivos da História Viva

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Túmulo do Apóstolo Felipe foi encontrado

Hierapólis é uma antiga cidade perto da cidade de Denizli, na Turquia. Foi fundada por Eumenes II, rei de Pérgamo, no século II a.C.. Nesta cidade residiram Papias, discípulo de São João, e Epíteto, filósofo estóico. Lá ficam, entre outros monumentos, o Martírio de São Felipe, túmulo construído no século V, segundo um complexo plano da época bizantina (quarto octogonal, formando uma cruz dupla, rodeado por uma praça), o Teatro Romano e as fontes termais (ver Pamukkale) que atraem milhares de doentes a esta área.
A cidade foi, em conjunto com o Pamukkale, declarada Património Mundial da UNESCO.

Rua e bizantina Portão

Hierapolis, a "Cidade Sagrada", está localizado na atual Pamukkale no centro-sul da Turquia. No primeiro século era parte da área tri-cidade de Laodicéia, Colossos, e Hierápolis. Esta ligação entre as cidades está por trás de referência de Paulo a Hierápolis e Laodicéia em sua epístola aos Colossenses (Col 4,13). Antes de 70 AD Felipe (tanto o apóstolo ou evangelista) mudou-se para Hierápolis, onde se acreditava ter sido martirizados.

O Templo de Apollo

No primeiro plano da imagem são os restos do templo de Apolo. Sua data de fundações para o período helenístico, mas a estrutura foi construída no século 3 dC Apollo foi pensado para ser divino fundador da cidade. O templo foi construído ao lado do plutônio, uma caverna subterrânea a partir do qual surgiu gases venenosos. Teatro da cidade fica em segundo plano.

o Teatro

Após um terremoto em 60 AD, um teatro foi construído contra a encosta de uma colina. Este teatro contém um dos melhores exemplos da decoração do teatro romano original. O palco estava ornamentado, decorado com relevos diversos. Um assento para os espectadores ilustres estava localizado no centro da área de assento (cavea). Aproximadamente trinta fileiras de assentos são preservadas.

A Necrópole

Outro aspecto de destaque arqueológico de Hierapolis é a necrópole, localizada do lado de fora das muralhas da cidade do norte. Aqui reside um dos cemitérios maiores e mais bem preservada em toda a Turquia. Ele contém sarcófagos, muitos tipos diferentes de túmulos e monumentos funerários que datam do helenístico até que os tempos dos primeiros cristãos. Há também numerosas inscrições aqui, mais de 300 dos quais foram traduzidos e publicados.


Os escombros da igreja onde foi descoberto o túmulo

Uma equipe de arqueólogos, dirigida pelo italiano Francesco d’Andria, afirmou ter encontrado na cidade turca de Pamukkale, o túmulo de São Felipe, um dos doze apóstolos de Jesus Cristo.

“Finalmente a encontramos entre os escombros de uma igreja que escavamos há cerca de um mês”, explicou o arqueólogo, acrescentando que a tumba ainda não foi aberta.



Teatro romano de Hierápolis



Produção de azeite

portão do anfiteatro.

O texto sobre pedra.







banheiros coletivos para homens


os portões da cidade


sarcófago

plutônio

rua principal

fonte monumental

sarcófago


Túmulo de quarto




canal de água

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