Quem eram os Filhos de Deus?
>> quarta-feira, 10 de junho de 2015 –
ESTUDOS
Considere esse versículo dentro de seu contexto:
"1. E aconteceu que, como os homens começaram a
multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,
2. Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram
formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.3. Então disse
o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele
também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.
4. Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois,
quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos;
estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama."
Gênesis 6:1-4
Essa é uma das passagens mais difíceis de se entender na
Bíblia, por conta do versículo dois, pois se desenvolveu suposições para a
interpretação desse versículo. A questão principal é saber quem são os
"filhos de Deus", que o texto se refere.
Duas teorias pelo menos foram desenvolvidas, veja:
1ª teoria: Os filhos de Deus seriam anjos decaídos: De
acordo com essa vertente os filhos de Deus seriam aqueles que caíram com
Satanás quando ele foi expulso do céu. Essa teoria é defendida por poucos
teólogos, dos quais Finis Jennings Dake autor da conhecida Bíblia de estudos
Dake, essa teoria é defendida também por autores que desenvolvem crenças
obscuras.
Segundo Dake, os filhos de Deus não poderiam ser filhos de
Sete, pois essas uniões teriam ocorrido em data anterior ao nascimento de Enos,
filho de Sete. Um ponto talvez que favoreça os defensores dessa teoria seria o
relato de Jó 1.6, onde se afirma que Satanás se apresenta juntamente com os
filhos de Deus, dando uma ideia de que esses filhos de Deus se refiram a anjos.
Dake defende ainda que os gigantes que surgiram dessas uniões teriam sido os
personagens da mitologia grega.
Outras fontes afirmam que esses anjos decaídos estariam
tentando corromper o DNA da raça humana, para inviabilizar a promessa da vinda
do Messias.
Essa teoria também encontra amparo no livro de Enoque, um
livro conhecido dos judeus, escrito pelo próprio Enoque, porém que não é
considerado canônico e nem deuterocanônico.
2ª Teoria: Os filhos de Deus seriam os descendentes de Sete: Essa teoria afirma que após Sete começou-se a invocar o nome do Senhor Gn 4.26 surgindo assim uma nova geração de adoradores, porém essa geração "os filhos de Deus", teriam sido atraídos pelas mulheres filhas daqueles que não adoravam ao Senhor, "as filhas dos homens".
2ª Teoria: Os filhos de Deus seriam os descendentes de Sete: Essa teoria afirma que após Sete começou-se a invocar o nome do Senhor Gn 4.26 surgindo assim uma nova geração de adoradores, porém essa geração "os filhos de Deus", teriam sido atraídos pelas mulheres filhas daqueles que não adoravam ao Senhor, "as filhas dos homens".
Essa teoria á mais defendida por teólogos mais modernos pela
sua racionalidade e explicação simples. A base para essa teoria é a negação da
primeira, pois o Senhor Jesus afirmou em Mc 12.25 que os anjos não se casam,
sugerindo que eles não se reproduzem. Parece também não haver nenhuma lógica na
afirmação de anjos terem relações sexuais com mulheres humanas. Por que então
essa prática não perdura ainda hoje?
E se esses anjos tivessem executado possessões de corpos masculinos e assim possuído as mulheres, o que teria modificado o DNA humano para a geração de gigantes? O existência de gigantes na terra não é um fato completamente comprovado pela arqueologia e não há maiores explicações na Bíblia a não ser a passagem de Gn 6.4.
E se esses anjos tivessem executado possessões de corpos masculinos e assim possuído as mulheres, o que teria modificado o DNA humano para a geração de gigantes? O existência de gigantes na terra não é um fato completamente comprovado pela arqueologia e não há maiores explicações na Bíblia a não ser a passagem de Gn 6.4.
Conclusão
Nessas teorias parece estar contida a luta da superstição
contra a razão, da fantasia contra a lógica. A primeira teoria é baseada nas
ideias mais fantasiosas, enquanto a segunda tende a manter uma explicação mais
racional. Embora a fantasia seja mais emocionante do que qualquer história
baseada na razão, não podemos deixar de lado a análise das passagens.
É preciso ter cuidado com as posições defendidas nos
púlpitos das igrejas, pois já existem muita superstição cristã introduzida em
nosso meio.
Embora a primeira teoria seja mais interessante, a segunda
parece ter muito mais coerência e aplicação.