Arqueologia da Cidade de Corazim
>> segunda-feira, 5 de dezembro de 2011 –
ARQUEOLOGIA
"Ai de ti, Corazim!” — Por quê?
Corazim foi uma vila ao norte da Galiléia, 2,4 km de Cafarnaum em uma colina acima da costa norte do Mar da Galiléia.
No tempo da Talmude, Corazim foi uma cidade judaica famosa pela sua produção de trigo de boa qualidade. No século 16, pescadores judeus costumavam residir em Corazim.
A cidade bíblica de Corazim ficava a norte de Cafarnaum, não longe do Monte das Bem-Aventuranças. Cafarnaum, Corozaim e Betsaida constituíam o chamado «triângulo evangélico». De facto, nestas cidades ou nas suas proximidades, decorreu significativa parte da vida pública de Jesus, que uma vez se insurge contra a sua incredulidade:
«Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! (…)
E tu, Cafarnaum, serás elevada até o céu? Não, descerás ao inferno!» (Lc 10, 13-16)
O mais interessante achado arqueológico verificado em Corozaim talvez seja o duma «cadeira de Moisés», a cadeira do chefe da sinagoga; há uma frase de Jesus onde se evoca este tipo de cadeiras.
Referências Bíblicas
Corazim, juntamente com Betsaida e Cafarnaum, foram denominadas, nos evangelhos de Mateus e Lucas do Novo Testamento, como "cidades" (mais do que pequenas aldeias) nas quais Jesus realizou a maior parte de seus prodígios. Contudo, devido estas cidades terem rejeitado suas obras ("… o não se haverem arrependido" - Mateus 11.20), elas foram posteriormente amaldiçoadas (Mateus 11.20-24; Lucas 10.13-15).
Devido à condenação de Jesus, alguns escritores medievais antigos acreditavam que o Anticristo nasceria em Corazim. Esta idéia que foi referenciada por Montague Rhodes James em sua história "Count Magnus". A história de James, por sua vez, indiretamente referida na canção "Spectre Vs Rector", interpretada pela banda de rock The Fall em seu álbum Dragnet.
A Crítica bíblica que aceita a teoria das duas fontes afirma que esta história veio originalmente do documento Q. Apesar desta evidência textual, os arqueologistas ainda não encontraram um estabelecimento datando do 1º século.
Além da referência nos evangelhos, Corazim é mencionada no Talmude Babilônico, (Menahot, 85a) como uma cidade conhecida por seus grãos.
Arqueologia
a cidade é lembrada no Talmud como uma excelente produtora de trigo em seus campos na região norte de Israel, não muito longe do Mar da Galileia. Sua área urbana é de cerca de 1 quilometro quadrado e composta de cinco bairros, um ao norte, outro ao leste, outra a oeste, outro ao sul e um bem ao centro da cidade onde está localizada uma sinagoga que teria sido construída no período do primeiro século segundo os arqueólogos, se assim for, esta sinagoga presenciou muitas visitas de Yeshua Hamashiach que costumava realizar nesta cidade muitos sinais e prodígios.
A cidade persistiu na região até o século VI como uma pequena vila, com diversos períodos de abandono da população. No século XIII se iniciou um período de grande prosperidade, o que permitiu a reconstrução e restauração de diversas construções. Durante o século XVI um visitante relatou que na região viviam alguns poucos pescadores judeus, esta população reduzida permaneceu na região até o início do século XX com as mudanças políticas na região.
As primeiras expedições arqueológicas ocorreram no início do século XX que foram realizadas pela Universidade Hebraica de Jerusalém e o Setor Mandatorial de Antiguidades, as pesquisas arqueológicas na região central tiveram inicio somente nos anos de 1962 e perduraram até 1965. Novas investidas arqueológicas ocorreram no período entre 1980 até 1983 em uma cooperação entre a Autoridade dos Parque Nacionais e o Setor dos Museus.
Após estas explorações o local foi preparado para visitantes sendo construidos ali caminhos apropriados para os visitantes e instalações diversas bem como locais para pic-nic, a entrada é paga, mas vale a pena, pois uma visita ali é como voltar ao tempo. Em Corazim está uma das sinagogas mais antigas existentes na Terra Santa e sua construção foi realizadas com pedras vulcânicas da região do Mar da Galileia e ainda conta com seu plano e piso originais bem como o "trono" onde se sentavam os líderes da comunidade.
As pedras de basalto preto que os arqueólogos desenterraram nessas ruínas, que datam do terceiro século d.C.. Tais restos incluem uma sinagoga no centro da cidade e áreas residenciais próximas. Algumas das pedras da sinagoga tinham entalhes incomuns. De quê? De figuras da mitologia grega, como uma Medusa de cabelos em forma de serpentes, e um centauro, metade homem, metade cavalo. Visto que o judaísmo devia ter-se oposto fortemente a tais esculturas idólatras, por que os líderes religiosos em Corazim as permitiram em sua Sinagoga?
Uma teoria é que “talvez fosse tradicional na localidade uma atitude liberal”, dando a Jesus motivos para esperar uma boa aceitação na cidade. Mas, se aqueles frisos na sinagoga forem sintomáticos de uma atitude prevalecente nos dias de Jesus, esta poderia ser que a maioria das pessoas em Corazim não estava particularmente interessada em adorar “o Pai com espírito e verdade”. (João 4,23) Mostraram isso por não aceitarem o Messias operador de milagres.