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IMPÉRIO PERSA - ASCENSÃO E QUEDA

IMPÉRIO MEDO-PERSA


No passado a atual planície iraniana foi ocupada por tribos árias (por volta de 1500 a.C.), das quais as mais importantes eram a dos medos, que ocuparam a parte noroeste, e a dos parsas (persas). Estes foram dominados pelos medos até a ascensão ao trono persa em 558 a.C., de Ciro o Grande. Este monarca derrotou os governantes medos, conquistou o reino da Lídia, em 546 A.C., e o da Babilônia, em 538 a.C., tornando o império persa o poder dominante na região.


Crônicas da época, descobertas na Babilônia, falam que Ciro conquistou territórios ao redor da Mesopotâmia, em meados do século VI a.C., antes de avançar sobre as capitais da região. A conquista da Lídia colocou a Grécia na mira de Ciro. O rei babilônico Nabonido e sua capital foi a próxima vítima de Ciro.

Ciro morreu em 530 a.C., e seu filho Cambises assumiu o colosso do império Medo-Persa. Detalhados registros babilônicos e mediterrâneos se referem as vitórias do filho de Ciro Cambises.


O rei Cambises conquistou o Egito, e logo os persas dominavam toda Mesopotâmia, a Fenícia, a Palestina e vastas áreas que se estenderam até a Índia. Cambises II marcha com o intento de tomar Cartago, mas fracassa vindo a falecer no regresso dessa batalha. Não havendo herdeiros diretos, Dario I subiu ao trono em 521 a.C., ampliou as fronteiras persas, reorganizou todo o império e exterminou várias revoltas. Ciente da imensa dificuldade de governar sozinho um vasto império dividiu em 20 províncias denominadas de satrapias. Cada satrapia tinha um governador com título de sátrapa, escolhido pelo próprio rei.


Dario tentou apresentar uma visão harmoniosa do império que governava. A arquitetura das capitais Persépolis e Susã incorporou imagens pacíficas do todos os povos do império. No documento da fundação se Susã, Dario asseverou que os mateirias de construção tinham vindo de distantes cantos de seu domínio, da Índia à costa jônica, e que muitos povos subjugados trabalharam na construção do esplêndido projeto.

PERSAS E GREGOS
Dario e seus sucessores deram ênfase à harmonia e realizações nos reinados. Mas, os gregos tinham relação conturbada com a superpotência vizinha. Quando dominadas cidades gregas da costa jônica se rebelaram contra os persas em 490 a.C., Atenas e Erétria enviaram ajuda por parte da Grécia continental. Líderes persas consideraram a iniciativa como uma rebelião de um povo que antes fora cooperativo para com eles, e enviaram expedição punitiva ainda em 490 a.C. Como esta primeira expedição não logrou êxito, foi enviada uma segunda expedição liderada pelo filho de Dario, Xerxes, em 480 a.C. Apesar de algumas cidades imediatamente se curvarem aos persas, outros estados gregos resistiram bravamente. O ato de rebeldia foi momento definidor na consciência grega de independência em relação ao regime Persa. Xerxes tentou invadir a Grécia, mas foi derrotado na batalha naval de Salamina, em 480 a.C., assim como na batalha terrestre de Platea e na batalha naval de Micala (ou Micale), em 479 a.C.

IMPÉRIO MUNDIAL
Apesar da derrota na Grécia, a Pérsia continuou exercendo influência política e cultural no Mediterrâneo. Pagavam tributos aos reis persas, desde os povos citas, do norte Mediterrâneo até povos das fortalezas na fronteira do Alto Egito, no sul. A diversidade cultural abrangia desde as cidades históricas e sedentárias da Babilônia, onde residia uma elite cada vez mais miscigenada de gregos e babilônios, aos reinos emergentes na fronteira caucasiana, que enviaram destacamentos para o exército persa e reproduziram componentes da corte em sua arquitetura o objetos de luxo. Tudo para agradar ao grande Império. Mas, não era fácil administrar um império tão vasto e variado - simples viagem entre duas das várias capitais reais podia levar até três meses. Estradas reais, com postos de apoio e rações de viagem cuidadosamente administrados ofereciam eficiente rede de comunicações. Por esses caminhos se transportavam ordens, cartas, artigos de luxo e pessoal especializado.

Reuniam-se os exércitos localmente, da acordo com a necessidade. Os governantes persas falavam a própria lingua (o persa arcaico), somente registrado em poucas inscrições reais em monumentos de cidades do império. Fazia-se a comunicação oficial em aramaico, lingua franca herdada da administração assíria. Mas chegaram até os dias atuais apenas fragmentos de documentos de pergaminho e papiro. Cartas do Egito e registros do Afeganistão ilustram como o movimento de funcionários e provisões era estritamente controlados por administradores locais, sob a autoridade de sátrapas - governadores persas em geral apontados pelo rei e que a ele respondiam. As interconexões levaram a intercâmbio sem precedentes de idéias e pessoas em vasta região.


DECLÍNIO E QUEDA

Durante o reinado de Artaxerxes I, segundo filho de Xerxes, os egípcios se rebelaram com a ajuda dos gregos. Embora a revolta fosse contida em 446 a.C., ela representou o primeiro ataque importante contra o Império Persa e o inicio de sua decadência. Apesar da boa organização, os persas não conseguiram controlar todo o gigantesco império. Os povos dominados vivam se revoltando, e as rebeliões foram dividindo e enfraquecendo o império.

O último rei da dinastia aqemênia, iniciada por Ciro, foi Dario III, que perdeu metade do Império na invasão de Alexandre, o Grande em 330 a.C. Dario III teria sido preso e morto por seu próprio exército. No mesmo ano de 330 a.C. os gregos e macedônios, comandados por Alexandre o Grande, invadiram e destruíram o Império Persa.

Fonte:
Módulo I da Faculdade Teológica Betesda
Panorama do Antigo Testamento - Editora Vida
Enciclopédia Ilustrada da História - Duetto Editora

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