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Arqueologia da Cidade de Ebla


Localização do sítio

Mapa: Localização de Ebla[1]

Tell Mardikh, situado a ca. 70 km ao sul de Alepo, na Síria, é a localidade da antiga cidade de Ebla. Tell Mardikh foi escavada pela primeira vez por uma expedição italiana chefiada por Paolo Matthiae em 1964. Ela revelou-se promissora no sentido de que trouxe à luz um centro urbano da Idade do Bronze e muios desafios para o conhecimento histórico da Síria no período.



As pesquisas arqueológicas
8Fortificações*

As pesquisas arqueológicas têm mostrado que Ebla possuía a estrutura de uma cidade monumental, com “maciças fortificações” circundadas por “grandes baluartes de terra”,[2] cuja área era de “quase seiscentos mil metros quadrados”, correspondendo ao período do Bronze Médio IIA (ca. 2000 a.C.).[3] Os muros da cidade pertencentes ao nível Mardikh IIIB (cerca de 1800 – 1600 a.C.) tinham cerca de trinta metros de espessura e uns vinte metros de comprimento, com quatro portões.[4] Os portões da fase do Bronze Médio IIA (ca.2000 a.C.) caracterizavam-se por ser

“uma grande casa de guarda, retangular e simétrica, composta de duas torres maciças flanqueando uma passagem alongada; a passagem era dividida por três pares de pilastras em duas câmaras de guarda. As torres usualmente tinham salas de guarda e escadarias internas que levavam ao segundo piso, que servia de cobertura à passagem central.”[5]


Mapa da porta sudoeste de Ebla.[6]

Palácios
O Palácio G constitui-se no símbolo de Ebla em seu período dourado (2400-2250 a.C.). Ele encontra-se no lado oeste da Acrópolis. Era um complexo arquitetônico invejável, com ala administrativa, a sala do trono e a “biblioteca”.[7] Da mesma época datam: um grande palácio no lado oeste (área Q), do nível Mardikh IIIA e o Palácio Real E do nível Mardikh IIIB. Este último situava-se na parte nordeste da acrópolis, possuindo um grande pátio central, salas administrativas em volta e um corredor pavimentado.[8]


Planta da ala administrtiva do Palácio G.[9]

Templos
Ebla apresenta modelos distintos de templos. Encontra-se ali o tipo que será característico dos santuários da Palestina e que se relacionará com o de Salomão, possuindo um recinto sagrado e o “Santo dos Santos” (às vezes esta parte limita-se a um nicho).[10] Segundo Alan Millard,

“o grande templo prefigura, na sua planta, o templo de Salomão, com pórtico, salão interno e recinto sagrado. As proporções, porém, são diferentes.”[11]



Planta do templo de Ishtar[12]

Pode-se perceber na planta do templo de Ishtar, do nível Mardikh IIIB (cerca de 1800 – 1600 a.C.), acima, que uma grande sala (possivelmente o “lugar santo”) possui um compartimento menor, que talvez equivaleria a uma espécie de “santo dos santos”. Seus muros são de pedra maciça.[13]

Arquivo
Foi descoberto um arquivo contendo mais de quinze mil tabuinhas de barro, num idioma semítico ocidental (denominado eblaíta). A natureza dos textos é diversificada: documentos administrativos, políticos, comerciais, religiosos, dicionários em outras línguas.[14] O epigrafista chefe da expedição, professor Giovanni Pettinato, alegou haver descoberto os nomes de cidades como Sodoma e Gomorra. Nomes como Mi-ka-ilu (“quem é como el?”), mi-ka-ya (“quem é como ya?”), e-as-um (“Esaú”), da-‘u-dum (“Davi”), sha-‘u’-lum (“Saul”), Ish-ma-il (“Ismael”) mostram afinidade lingüística com os textos bíblicos.[15] O professor Giovanni Pettinato levantou uma “tempestade” entre os eruditos, ao concluir que o próprio Yahweh fosse cultuado em Ebla porque a terminação de muitos nomes que apareciam nas inscrições era el e ya.[16] Vale dizer que atualmente tem se duvidado de tal afirmação, pois o culto de Yahweh ou as cidades da planície (Sodoma e Gomorra) não seriam citados nos documentos como ele procurou provar.[17]

De qualquer maneira, as escavaçõpes em Ebla têm proporcionado materiais suficientes que a ligam à língua e cultura do Médio Oriente – e, em nosso caso, à hebraica.


Os arquivos de Ebla[18]

Cerâmica e obras de arte
Também foram encontrados diversos utensílios de cerâmica e enfeites pessoais, tais como colares, brincos e braceletes de ouro.[19] A ilustração a baixo, retratando um touro em madeira revestido de ouro, é uma prova contundente da habilidade artística daquela civilização.


História da cidade
A cidade de Ebla foi o centro de uma grande civilização que se desenvolveu na Síria, desde o terceiro milênio a.C. até ser destruída pelos hititas cerca de 1600 a.C.[20] após ter sido conquistada por Sargão de Acad e, posteriormente, por Naram-Sin na segunda metade do terceiro milênio a.C.

Foi grande centro urbano, devendo sua herança cultural principalmente aos sumérios, dos quais assimilou o tipo cuneiforme de escrita, mesmo adaptando-o ao idioma que ali se falava: o eblaíta. Também era o centro de uma intensa rede comercial, negociando lã, prata e produtos agrícolas.

fonte: metodista



A Era de Ouro de Ebla - antes de os patriarcas bíblicos


Minha visita só para Ebla foi em 2002. Isso significa que eu não tenho oi-res fotos, exceto para alguns slides que eu havia digitalizado, mas estou satisfeito por ter todas as fotos. No site que eu peguei um pequeno livro, Diga Mardikh - Ebla, escrito por Faja Haj Muhammad, que dá uma breve apresentação da história e continua a ser do reino de Ebla antiga. Vou compartilhar algumas fotos com algumas informações breve desse livro.


A primeira foto mostra a reconstrução do Palácio do Príncipe Herdeiro (Palácio Q ou Western Palace). Este palácio, construído com tijolos de barro, é "localizado na cidade baixa, a oeste da Acrópole." Na parte do palácio mostrado aqui você vai ver "um quarto bem conservado, usado para a moagem de cereais, a fim de preparar pão de centenas de pessoas. "






O Arquivo Real. Em 1975, os escavadores descobriram uma sala quadrada oeste da Ala Administrativa, na parede, repleto de 17.000 tábuas de argila. Os comprimidos grandes quadrados havia sido nas prateleiras. A uma rodada pequena foram encontrados em cestos no chão.


... Os textos foram colocados de acordo com seu assunto, e assuntos diferentes correspondiam a diferentes formas de comprimido.


Há ... administrativos, econômicos, históricos, jurídicos, textos religiosos. A escrita é cuneiforme. A língua é uma língua local, agora chamado pelos estudiosos (Eblaite), que pertence à mesma família do acadiano da Mesopotâmia.







O Palácio do Ocidente e do Arquivo são datados para a primeira idade de ouro de Ebla, 2400-2250 aC Isso é muito antes da época de Abraão, que viveu no norte de Ebla Haran em Padan Aram por um tempo. Haran é cerca de 150 quilômetros ao norte de Ebla.


Abrão partiu, como o Senhor lhe tinha dito, e Lot foi com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã. (Gênesis 0:04 ESV)


Isaac tomou a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã-Arã para ser sua esposa (Gênesis 25:20). Jacob passou mais de duas décadas na mesma área. A maioria dos filhos de Jacó (= Israel) nasceram na região.


Deus apareceu outra vez a Jacó, quando veio de Padã-Arã, eo abençoou. (Gênesis 35:9 ESV)


Quando Abraão viver? Eu não quero começar uma briga, mas vou observar várias datas sugeridas pelos estudiosos por Abraão.


Entre 2000 e 1700 aC Um grande número de estudiosos como Glueck, Albright, e Wright tomou esta posição.


Century 14 aC Esta foi a visão de Ciro, Gordon. (Tarde demais para mim.)
Nascido aC 2165 A visão de John Davis em seu excelente livro, Paradise para a prisão. Davis entende Gálatas 3:17 para começar com a chegada de Abraão no Egito.


Nascido aC 1950 Esta visão diz Gálatas 3:17 é datado a partir da entrada em Canaã (Gênesis 12:4). Minhas inclinações estão aqui.


Agora você tem algo para trabalhar. Meu ponto aqui é só para mostrar que Ebla era um poderoso, poder, prosperidade econômica muito antes de Abraão. Ebla floresceu novamente em Bronze Médio I-II (1850-1600 aC). É possível que Isaac e Jacob sabia da cidade.




Ebla e as Tábuas de Ebla


Os comprimidos Ebla foram descobertas por uma equipe italiana de escavadeiras em Tell Mardikh na Síria (cerca de 30 milhas S de Aleppo), em 1975. Mais de 17.000 tabuletas cuneiformes foram descobertos. Eles datam do milênio aC terço médio quando Ebla era a capital de um grande império cananeus. Estudiosos afirmam que existem afinidades importantes entre a linguagem Eblaite e hebraico bíblico, sendo ambos membros da família do Noroeste semita.







Inúmeros artigos têm aparecido na imprensa popular e em revistas acadêmicas afirmando que os nomes de Sodoma e Gomorra aparecem na comprimidos Ebla. Em um ponto, foi mesmo dito que todas as cinco cidades da planície (Gn 14), e talvez o nome de um dos reis, foram mencionados na comprimidos. Muita controvérsia tem rodeado esta discussão. Lutas internas entre a escavadeira (Paolo Matthiae), o epigrafista (Giovanni Pettinato), e outros estudiosos, juntamente com algumas implicações políticas, nublado toda a questão.


O falecido Dahood Mitchell (morto em 1982), especialista em literatura ugarítico, afirmou que as cidades de Sodoma e Zeboim "pode ​​ter contrapartidas" em tábuas de Ebla (Giovanni Pettinato, The Archives of Ebla, 287). Pettinato foi o primeiro a ler e interpretar a partir dos arquivos comprimidos Ebla e o primeiro a identificar o Noroeste língua semítica em que são escritas. Paolo Matthiae, o arqueólogo, diz os rumores de que não há prova da exactidão histórica dos patriarcas bíblicos, referências a Sodoma e Gomorra, etc "são contos sem fundamento" (Ebla: An Empire Redescoberto, 11). Um estudioso afirma, "o entusiasmo inicial sobre a luz dos comprimidos seria derramado sobre os estágios iniciais da cultura bíblica é agora quase visto como exagerado. Claramente, não há personagens bíblicos podem ser identificados nas tábuas ... "(Dicionário Harper da Bíblia, [1985] 235). Dahood, no posfácio do livro de Pettinato, comentou sobre o pessimismo de um professor universitário com este clássico colocar para baixo:



Como um sábio pode determinar como relevantes para a Bíblia uma nova descoberta pode ser antes de os tabletes têm sido publicados devem permanecer um mistério. (Pettinato, The Archives of Ebla, 273).


Dahood diz que o povo de Ebla falavam um dialeto do cananeu e que seu deus principal era Dagan os cananeus ou o Senhor de Canaã. Isso indica que Canaã estendia muito mais ao norte do que se pensava (Pettinato, 272). Dahood cita várias passagens bíblicas em que ele acredita que existe um paralelo entre as palavras hebraicas e Eblaite (271-321). Inúmeros nomes em Gênesis encontrar paralelo na comprimidos Ebla. Eu tive a oportunidade de ouvir Dahood falar sobre este assunto em um encontro profissional em Dallas anos atrás.




Neste ponto, os estudiosos não estão de acordo sobre a leitura adequada de algumas das palavras Eblaite. Talvez com o tempo saberemos mais sobre isso. Para o presente, devemos esperar pacientemente. Inúmeros artigos sobre Ebla têm aparecido em Arqueólogo bíblico e Biblical Archaeology Review, bem como outras revistas.

tradução: pr jose iadrn
fonte: ferrelljenkins

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Sodoma e Gomorra Sepultadas no Mar Morto?


Mar Morto

"Então o Senhor, da sua parte, fez chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. E Abraão levantou-se de madrugada, e foi ao lugar onde estivera em pé diante do Senhor; e, contemplando Sodoma e Gomorra e toda a terra da planície, viu que subia da terra fumaça como a de uma fornalha. (Gn 19.24, 27-28 )."
Abraão e Ló separam-se. Após sua volta do Egito, Abraão e Ló separaram-se. "E a terra não tinha capacidade para poderem habitar juntos", conta a Bíblia, "porque seus bens eram muito grandes. Daqui nasceu uma contenda entre os pastores dos rebanhos de Abraão e os de Ló.

Disse, pois, Abraão a Ló: Peço-te que não haja contendas entre mim e ti, nem entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. Eis diante de ti todo o país; rogo-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, eu tomarei a direita; se escolheres a direita, eu irei para a esquerda" (Gn 13.6-9). Abraão deixou que Ló escolhesse. Despreocupado, como geralmente são os jovens, Ló optou pela melhor parte, a região do Jordão. Ela era "... toda regada de água" e abençoada por uma exuberante vegetação tropical, "como o paraíso do Senhor e como o Egito até Segor" (Gn 13.10). Ló vai para Sodoma
Das cadeias de montanhas cobertas de bosques, no coração da Palestina, Ló desceu para leste, entrou com sua gente e seus rebanhos no vale do Jordão ao sul e, finalmente, levantou suas tendas em Sodoma. Ao sul do mar Morto havia uma planície fertilíssima, o "Vale de Sidim, onde agora é o mar salgado" (Gn 14.3). A Bíblia enumera cinco cidades nesse vale: Sodoma, Gomorra, Adama, Seboim e Segor (Gn 14.2).

Ela tem notícia também de uma guerra na história dessas cinco cidades: "Naquele tempo sucedeu" que quatro reis "fizeram guerra contra Bara, rei de Sodoma, e contra Bersa, rei de Gomorra, e contra Senaar, rei de Adama, e contra Semeber, rei de Seboim, e contra o rei de Bala, isto é, Segor" (Gn 14.2).
Doze anos haviam os reis do vale de Sidim sido tributários do Rei Codorlaomor. No décimo terceiro, rebelaram-se. Codorlaomor pediu auxílio a três reis que estavam a ele coligados. Uma expedição punitiva chamaria os rebeldes a razão. Na luta entre os nove reis, Codorlaomor e seus aliados derrotaram os reis das cinco cidades do vale de Sidim, incendiando e saqueando suas capitais.

Ló encontrava-se entre os prisioneiros dos reis estrangeiros. Foi libertado por seu tio Abraão (Gn 14.12-16), que, com seus servos, seguiu qual uma sombra o exército dos reis que voltavam para suas terras. De um esconderijo seguro, observava e estudava tudo atentamente, sem ser notado. Abraão deu tempo ao tempo. Só perto de Dan, na fronteira norte da palestina, pareceu-lhe que havia chegado a oportunidade favorável. De repente, sob a proteção de uma noite escura, Abraão atacou com seus servos a retaguarda do exército e, na confusão que se seguiu, pôde libertar Ló. Só quem não conhece a tática dos beduínos pode ouvir com ceticismo essa narrativa.

Entre os habitantes dessa região existe até hoje memória dessa expedição. Ela aparece no nome de um caminho que segue, partindo do lado leste do mar Morto, para o norte, até a velha terra de Moab. Os nómadas da Jordânia conhecem-no muito bem. Entre os naturais chama-se curiosamente "estrada dos reis". Na Bíblia, nós o encontramos novamente, aqui porém chamado "estrada pública" ou "caminho ordinário", quando os filhos de Israel queriam passar por Edom a caminho da "Terra Prometida" (Nm 20.17-19). No alvorecer da nossa era, os romanos utilizaram e reconstruíram a "estrada dos reis". Partes dela pertencem hoje a rede de estradas do novo Estado da Jordânia. Perfeitamente visível de avião, o velho caminho atravessa a região, assinalado por uma faixa escura.


A destruição de Sodoma e Gomorra

"Disse, pois, o Senhor: O clamor de Sodoma e Gomorra aumentou, e o seu pecado agravou-se extraordinariamente. Fez, pois, o Senhor da parte do Senhor chover sobre Sodoma e Gomorra enxofre e fogo do céu; e destruiu essas cidades, e todo o país em roda, todos os habitantes da cidade, e toda a verdura da terra. E a mulher de Ló, tendo olhado para trás, ficou convertida numa estátua de sal. E viu que se elevavam da terra cinzas inflamadas, como o fumo de uma fornalha (Gn 18.20; 19.24, 26, 28)".

A sinistra força dessa narrativa bíblica tem impressionado profundamente os ânimos dos homens em todos os tempos. Sodoma e Gomorra tornaram-se símbolos de vício e iniquidade e sinónimos de aniquilação completa. Incessantemente, o terrível e inexplicável acontecimento deve ter inflamado a fantasia dos homens, como o demonstram numerosos relatos dos tempos passados. Devem ter ocorrido coisas estranhas e absolutamente inacreditáveis no mar Morto, o mar salgado, onde, de acordo com a Bíblia, ocorreu a catástrofe. Segundo uma tradição, durante o cerco de Jerusalém, no ano 70 da nossa era, um general romano, Tito, condenou alguns escravos a morte.

Submeteu-os a um breve julgamento e mandou encadeá-los todos juntos e jogá-los no mar, próximo ao monte de Moab. Os condenados, porém, não se afogaram. Repetidamente foram jogados ao mar e todas as vezes, como cortiças, vinham dar em terra. O inexplicável fenómeno impressionou Tito de tal modo que ele acabou por perdoar os pobres criminosos.
Flávio Josefo, historiador judeu que viveu os últimos anos da sua vida em Roma, cita repetidamente um "lago de asfalto". Os gregos falavam com insistência em gases venenosos que se desprenderiam por toda parte nesse mar, e os árabes diziam que havia muito nenhuma ave conseguia voar até a outra margem. Segundo eles, ao sobrevoá-lo, as aves se precipitavam subitamente na água, mortas.


Exploração do Mar Morto

Essas e outras histórias tradicionais similares eram bem conhecidas, mas até uns cem anos atrás faltava todo e qualquer conhecimento preciso sobre o estranho e misterioso mar da Palestina. Nenhum cientista o tinha visto e explorado ainda. Foram os Estados Unidos que, no ano de 1848, tomaram a iniciativa, equipando uma expedição para estudar o enigmático mar Morto. Num dia de Outono desse ano, a praia em frente a cidadezinha de Akka, quinze quilómetros ao norte de Haifa, ficou negra de homens ativamente ocupados numa estranha manobra.
De um navio ancorado ao largo, W. F. Lynch, geólogo e chefe da expedição, havia mandado desembarcar dois barcos metálicos, que nesse momento estavam sendo cuidadosamente amarrados em carros de altas rodas. Puxados por uma longa fileira de cavalos, puseram-se a caminho. Ao fim de três semanas e após dificuldades incríveis, foi terminado o transporte através das terras do sul da Galileia.

Os barcos foram lançados a água no lago Tiberíades. As medidas de altura tomadas por Lynch no lago de Genesaré produziram a primeira grande surpresa dessa viagem. A princípio, ele pensou tratar-se de um erro, mas a verificação confirmou o resultado. A superfície do lago de Genesaré, mundialmente conhecido pela história de Jesus, ficava duzentos e oito metros abaixo da superfície do Mediterrâneo! A que altura nasceria o Jordão, que atravessa esse lago?

Dias depois, W. F. Lynch encontrava-se numa alta encosta do nevado Hermon. E entre os restos de colunas e portais desmantelados surgiu a pequena aldeia de Banias. Árabes conhecedores do terreno conduziram-no através de um espesso bosque de espirradeiras até uma cova meio encoberta por calhaus na íngreme encosta calcária do Hermon. Da escuridão dessa cova brotava com força de um jorro de água límpida. Era uma das três nascentes do Jordão.


Rio Jordão

Os árabes chamam ao Jordão Cheri ’at el Kebire, "Grande Rio". Ali estivera o antigo Paníon, ali Herodes construíra um templo de Pã em honra de Augusto. Junto a gruta do Jordão, havia uns nichos em forma de concha. Ainda se pode ler ali claramente a inscrição grega: "Sacerdote de Pã". No tempo de Jesus Cristo, o deus grego dos pastores era venerado junto as fontes do Jordão. O deus com pés de cabra levava aos lábios a flauta, como se quisesse modular uma canção para acompanhar o Jordão em sua longa viagem. A cinco quilómetros daquela fonte, para os lados do oeste, ficava a bíblica Dan, o sítio mais setentrional do país, repetidamente citada na Bíblia. Também ali, na encosta sul do Hermon, brotava uma nascente de águas claras. Uma terceira fonte desce de um vale situado mais acima. O fundo do vale fica pouco acima de Dan, quinhentos metros acima do nível do mar.

Onde o Jordão atinge o pequeno lago Huleh, vinte quilómetros ao sul, o leito já baixou até dois metros acima do nível do mar. Depois o rio se precipita abruptamente por um espaço de pouco mais de dez quilómetros até o lago de Genesaré. Em seu curso, das vertentes do Hermon até esse local, num trecho de quarenta quilômetros apenas, desceu setecentos metros.
Do lago Tiberíades, os membros da expedição americana desceram o Jordão em dois barcos de metal, percorrendo seus intermináveis meandros.

Gradualmente a vegetação ia-se tornando mais esparsa. Só nas margens do rio ainda havia moitas espessas. Sob o sol tropical, surgiu a direita um oásis - Jericó. Pouco depois chegaram ao seu destino. Entre penhascos talhados quase a prumo, estendia-se a sua frente a vasta superfície do mar Morto.
A primeira coisa que fizeram foi tomar um banho. Os homens que saltaram na água tiveram a impressão de que vestiam salva-vidas, tal a maneira como foram impelidos para cima. As antigas narrativas não haviam, pois, mentido. Naquele mar, ninguém podia se afogar. O sol escaldante secou a pele dos homens quase instantaneamente. A fina camada de sal que a água deixara em seus corpos fazia-os parecerem completamente brancos. Ali não havia moluscos, peixes, algas, corais... naquele mar jamais vogara um barco de pesca.

Margens do mar morto.

Não havia frutos do mar nem frutos da terra. Suas margens eram desoladas e nuas. As costas do mar e as faces dos rochedos lá no alto, cobertas de enormes camadas de sal endurecido, brilhavam ao sol como diamantes. A atmosfera estava saturada de cheiros acres e penetrantes. Cheirava a petróleo e enxofre. Sobre as ondas flutuavam manchas oleosas de asfalto - a que a Bíblia chama betume (Gn 14.10). Nem mesmo o azul brilhante do céu ou o sol forte conseguia dar vida a paisagem hostil.
Os barcos americanos cruzaram o mar Morto durante vinte e dois dias. Tomavam amostras de água, analisavam-nas, e a sonda era lançada ao fundo continuamente. Verificaram que a foz do Jordão, no Mar Morto, ficava trezentos e noventa e três metros abaixo do nível do mar! Se houvesse uma comunicação com o Mediterrâneo, o Jordão e o lago de Genesaré, distante cento e cinco quilómetros, desapareceriam. Um imenso mar interior se estenderia até as margens do lago Huleh!

"Quando uma tempestade irrompe naquela bacia de penhascos", observa Lynch; "as ondas golpeiam os costados do barco como marteladas, mas o próprio peso da água faz com que em pouco tempo se aplaquem, depois que o vento cessa."
Através do relatório da expedição, o mundo ficou sabendo pela primeira vez de dois fatos espantosos. O mar Morto atinge quatrocentos metros de profundidade; o fundo do mar fica, portanto, cerca de oitocentos metros abaixo da superfície do Mediterrâneo.

A água do mar Morto contém cerca de trinta por cento de elementos componentes sólidos, a maior parte constituída por cloreto de sódio, isto é, de sal de cozinha. Os oceanos contém apenas de quatro a seis por cento de sal. Nessa bacia de setenta e seis quilómetros de comprimento por dezassete de largura desembocam o Jordão e muitos rios menores. Sob o sol escaldante, evaporam-se, dia após dia, oito milhões de metros cúbicos de água da sua superfície. As matérias químicas que esses rios conduzem permanecem nessa bacia de mil duzentos e noventa e dois quilómetros quadrados de superfície.


A Procura de Sodoma e Gomorra

Só no começo deste século, com as escavações realizadas no resto da Palestina, foi despertado também o interesse por Sodoma e Gomorra. Os exploradores dedicaram-se a procura das cidades desaparecidas que nos tempos bíblicos estariam situados no vale de Sidim.

Na extremidade a sudeste do mar Morto, encontram-se os restos de uma grande povoação. Esse sítio ainda hoje é chamado Segor. Os pesquisadores se regozijaram, pois Segor era uma das cinco cidades ricas do vale de Sidim que se recusaram a pagar tributo aos quatro reis estrangeiros. Mas as escavações experimentais realizadas trouxeram apenas decepção. Assim, há dúvidas ainda se Segor é o mesmo sítio citado na Bíblia.

A verificação das ruínas descobertas revelou tratar-se de restos de uma cidade que floresceu no princípio da Idade Média. Da antiga Segor do rei de Bala (Gn 14.2) e das capitais vizinhas não se encontrou vestígio.
Entretanto, diversos indícios encontrados nos arredores da Segor medieval sugerem a existência de uma povoação muito densa naquele país em época muito anterior.
Na costa oriental do mar Morto, estende-se mar adentro, como uma língua de terra, a península de El-Lisan. Em árabe, "el-Lisan" significa "a língua".

A Bíblia menciona-a expressamente quando se refere a partilha do país depois da conquista. As fronteiras da tribo de Judá são traçadas com precisão. Para isso Josué dá uma estranha característica a fim de indicar os limites do sul: "O seu princípio é desde a ponta do mar salgado, e desde a língua que ele forma, olhando para o meio-dia" (Js 15.2).

Uma narrativa romana refere-se a essa língua de terra numa história que sempre foi injustamente considerada com grande ceticismo. Dois desertores fugiram para essa península. Os legionários que os perseguiram procuraram-nos em vão por toda parte. Quando finalmente os avistaram, era tarde demais. Os desertores já escalavam os altos rochedos da outra margem... Tinham atravessado o mar a vau!
Evidentemente o mar naquela época era mais raso que hoje. Invisível, o fundo ali forma uma dobra gigantesca que divide o mar em duas partes. A direita da península, desce a prumo até quase quatrocentos metros de profundidade. À esquerda da península, o fundo é extraordinariamente raso. Medições feitas nos últimos anos acusaram profundidades de quinze a vinte metros apenas.

O que disseram os geólogos
Os geólogos tiraram dessas descobertas e observações outra interpretação, que poderia explicar a causa e fundamento da narrativa bíblica da aniquilação de Sodoma e Gomorra.
A expedição americana dirigida por Lynch foi a primeira que, em 1848, deu a notícia da grande descida do Jordão no seu breve curso pela Palestina. O fato do leito do rio descer muito abaixo do nível do mar é um fenómeno geológico singular. "É possível que haja em algum outro planeta coisa semelhante ao que ocorre no vale do Jordão; no nosso não existe", escreve o geólogo George Adam Smith na sua obra "A geografia histórica da Terra Santa".
"Nenhuma outra parte não submersa da nossa Terra fica mais de cem metros abaixo do nível do mar."


Ácaba

O vale do Jordão é apenas parte de uma fenda imensa na crosta da nossa Terra. Hoje já se conhece sua extensão exata. Começa muitas centenas de quilómetros ao norte da fronteira da Palestina nas faldas da montanha do Tauro, na Ásia Menor. Ao sul, vai desde a costa sul do mar Morto, atravessa o deserto de Arábia até o golfo de Ácaba e só vai terminar do outro lado do mar Vermelho, na África. Em muitos lugares dessa imensa depressão há vestígios de antiga atividade vulcânica. Nos montes da Galileia, nos planaltos da Jordânia oriental, nas margens do afluente Jabbok, no golfo de Ácaba, há basalto negro e lava.

Será que Sodoma e Gomorra afundaram quando (acompanhado por terramotos e erupções vulcânicas) um pedaço do chão do vale ruiu um pouco mais? E o mar Morto se alongou naquela época em direção ao sul?
A ruptura da terra libertou as forças vulcânicas contidas há muito tempo nas profundezas da falha. Na parte superior do vale do Jordão, junto a Basan, erguem-se ainda hoje as crateras de vulcões extintos, e sobre o terreno calcário há grandes campos de lava e enormes camadas de basalto.

Desde tempos imemoriais, os territórios ao redor dessa depressão são sujeitos a terramotos. Repetidamente temos notícia deles, e a própria Bíblia fala a esse respeito. Como para confirmar a teoria geológica do desaparecimento de Sodoma e Gomorra, escreve textualmente o sacerdote fenício Sanchuniathon em sua História antiga redescoberta: "O vale de Sidim" afundou e se transformou em mar, sempre fumegante e sem peixe, exemplo de vingança e morte para os ímpios".


A destruição não foi causada por vulcões


Antes de mais nada, convém frisar que está fora de qualquer cogitação a hipótese segundo a qual a depressão do rio Jordão teria se originado somente há uns quatro milénios, pois, conforme as pesquisas mais recentes, a origem dessa depressão remontaria ao Oligoceno (Terciário, entre o Eoceno e o Mioceno).
Portanto, neste caso é preciso calcular não em milhares, mas sim milhões de anos. Embora, em tempos posteriores, fosse comprovada uma atividade vulcânica mais intensa, relacionada com a abertura da depressão do rio Jordão, mesmo assim chegamos a parar no Plistoceno, encerrado há uns dez mil anos, e ficamos longe do chamado "período dos patriarcas", convencionalmente datado no terceiro ou até segundo milénio antes de Cristo. Ademais, justamente ao sul da península de Lisan, onde supostamente teria acontecido o ocaso de Sodoma e Gomorra, perdem-se todos os vestígios de erupções vulcânicas.
Em outras palavras, naquela área as condições geológicas não permitem comprovar uma catástrofe ocorrida em época geológica bem recente, que destruiu cidades e foi acompanhada por violentas erupções vulcânicas.


A mulher de Ló virou estátua de sal


E a mulher de Ló, "tendo olhado para trás, ficou convertida em estátua de sal" (Gn 19.26).
Quanto mais nos aproximamos da extremidade sul do mar Morto, mais deserta e selvagem se torna a região e mais sinistro e impressionante é o cenário das montanhas. Um eterno silêncio paira nos montes, cujas vertentes escalavradas pendem a prumo sobre o mar, onde se reflete sua brancura cristalina. A inaudita catástrofe deixou seu selo indelével de tristeza e desolação naquelas paragens. Raramente passa por algum daqueles vales fundos e escarpados um grupo de nómadas a caminho do interior.
Onde terminam as águas pesadas e oleosas, ao sul, termina também, bruscamente, o impressionante cenário de rochedos, dando lugar a uma região pantanosa de água salgada. O solo avermelhado é riscado por inúmeros ribeiros, perigosos para o viajante incauto. Essa baixada estende-se a grande distância para o sul até o deserto vale de Araba, que chega até o mar Vermelho.

A oeste da costa sul, na direção do país do meio-dia bíblico, o Neguev, estende-se um espinhaço de quarenta e cinco metros de altura e quinze quilómetros de comprimento na direção norte-sul. O sol, batendo nas suas encostas, produz reflexos de diamante. É um estranho fenómeno da natureza. A maior parte dessa pequena serra é constituída de puros cristais de sal. Os árabes chamam-Ihe Djebel Usdum, nome antiquíssimo em que está contida a palavra "Sodoma". A chuva desloca numerosos blocos de sal que rolam até a base. Esses blocos tem formas caprichosas e alguns deles são eretos como estátuas. As vezes em seus contornos a gente pensa distinguir, de repente, formas humanas.

As estranhas estátuas de sal trazem logo a lembrança a história da Bíblia sobre a mulher de Ló, que foi transformada em estátua de sal. E tudo o que está próximo ao mar salgado ainda hoje se cobre em pouco tempo com uma crosta de sal.


Outros achados arqueológicos

Tell el-Mardikh

Foi apenas recentemente que a escavação do Tell el-Mardikh, na Síria setentrional (ao sul de Alepo), conduzida pelo cientista italiano Giovanni Pettinato, causou sensação. Ali, Pettinato achou Ebla, uma cidade do terceiro milênio antes da era cristã, e a esse respeito foram três os fatos que causaram espécie.
Primeiro, em tempos pré-históricos, existia ali uma civilização avançada, com uma estrutura social altamente diferenciada para a época; segundo, Ebla possuía um rico arquivo de tabuinhas de barro. Como costuma acontecer com todos esses arquivos, sua descoberta promete uma série de conhecimentos novos, quando, por outro lado, tais noções recém-adquiridas bem poderiam abalar algumas das doutrinas até então consideradas certas e garantidas. Recentemente, um colega alemão do

Prof. Pettinato comentou:
"Depois de estudados e explorados os textos, provavelmente poderemos esquecer os resultados obtidos em todo um século de pesquisas do antigo Oriente". Contudo, a terceira e, no caso, a mais importante sensação causada pela descoberta do Prof. Pettinato prende-se ao fato de os textos de Ebla conterem nomes que nos são familiares pela leitura da Bíblia e, assim, aparecem no terceiro milénio antes de Cristo!
Ali são mencionados tanto o nome de Abraão como os nomes das cidades pecadoras de Sodoma e Gomorra, aniquiladas pelo fogo, de Adma e Zeboim, no mar Morto. Aliás, quanto a isso, há um certo ceticismo entre alguns colegas do prof. Pettinato. Será que ele interpretou corretamente aqueles textos? Sem dúvida, pois como já mencionamos noutro trecho, os nomes dos patriarcas foram encontrados também noutros locais. Mas o que se deve pensar do fato dos nomes Sodoma e Gomorra constarem de um arquivo encontrado na Síria, terceiro milénio antes de Cristo?


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Arqueologia de Tel Arad - Israel


De acordo a Núm. 21:1-3 “o cananeu, rei de Arad, que habitava no Neguebe” lutou contra Israel. Num primeiro momento venceu (v.1), mas em seguida os israelitas “a destruíram totalmente”. E Arad passou a chamar-se então de Hormá.

Em Núm. 33:40 menciona-se Arad em meio à lista dos acampamentos de Israel desde a saída do Egito. Como que em uma nota marginal após a morte Arão no Monte Hor se diz que “então ouviu o cananeu, rei de Arad, que habitava o sul na terra de Canaã, que chegavam os filhos de Israel”. Há aí algumas formulações semelhantes a Núm. 21:1.

Em Josué, Arad está mencionada no cap.12, na lista dos reis vencidos. Aí o “rei de Arad” está paralelo ao de Hormá. No caso, Hormá e Arad são duas cidades diferentes.

E Arad ainda é citada em Juízes 1:16, desta vez sem referência a algum rei, mas como orientação geográfica. Fala-se desta vez do “deserto de Judá” que está “ao sul de Arad”. Neste deserto ao sul de Arad situa-se, conforme o v.17, Zefate. Esta é vencida e renomeada em Hormá. Pelo visto, para os autores bíblicos Arad tinha relações com Hormá.

A Bíblia só menciona, pois, a Arad anterior a Israel, a Arad dos cananeus. A Arad de Israel não aparece na Bíblia. Esta num texto é Hormá, noutros dois está próxima de Hormá.


Significado do nome


Arad é um termo pré-israelita. No hebraico, poderíamos associá-lo a uma palavra ‘arod que significa “jumento selvagem”. Haveria ainda a possibilidade de compreender a palavra à luz de um vocábulo árabe ‘arad que significa “duro”. Possivelmente se estaria a referir ao solo duro da região.

Localização
Tel Arad localiza-se na região nordeste da bacia hidrográfica do Besor/Beerseba. O Nahal Beerseba, afluente do Nahal Besor, nasce a aproximadamente 1km a noroeste de Tel.

Este tel está, pois, inserido no sistema de aldeias, fortalezas e cidades da bacia do Nahal Beerseba, ao qual também pertencem o Tel Masos, o próprio Tel Seva, e outros locais.

A área deste tel é relativamente grande. Tem a forma de concha; parece-se a um anfiteatro natural. A sua área total é de 9 hectares.

Na sua parte mais alta, a nordeste, está uma cidadela. Esta situa-se a 576m acima do nível do mar. À época do ferro somente corresponde esta cidadela, que aliás, como víamos, não é mencionada na Bíblia. O restante de tel, a sua parte mais baixa.


Uma cidade antiga


As partes mais baixas do tel correspondem, pois, a uma cidade do bronze antigo, da primeira metade do terceiro milénio (3000 até 2650 a.C.). Pelo visto, a parte mais alta de tel, naqueles tempos, ainda não estava integrada à cidade. Para poder usá-lo como local de uma cidadela se precisava de cisterna, o que fez com que esta parte mais elevada só fosse utilizado no período do ferro.

Esta cidade, da qual, contudo, não conhecemos o nome exato, deve ter sido um centro urbano e comercial significativo. Sua base económica há de ter sido a criação de ovelhas e cabras, e igualmente uma agricultura bem desenvolvida, talvez sob condições climáticas um tanto diversas e mais propícias das existentes em tempos bíblicos, nestas regiões do Neguebe.

Esta ampla cidade do bronze comercializava com o Egito e com a Mesopotâmia. Talvez fosse uma exportadora do asfalto do Mar Morto. De todo modo a rota comercial transjordaniana terá sido sua referência principal.

Encontrou-se em um dos templos do bronze uma estela em que alguns poucos traços, como que estilizados, parecem apontar para relações sexuais, para o rito de fertilidade. [3] Este conteúdo a religião de Arad não só teve em tempos do bronze, esta também era a marca de sua religião nos tempos do ferro, quando Arad era habitada por quenitas e depois veio a ser parte de Judá. É o que ainda veremos.


Uma cidadela da monarquia judaísta


Após meados do terceiro milénio não havia cidade nenhum no Tel Arad. Por uns 1500 anos aí não chegou a estruturar-se vida urbana.
Quando pessoas voltaram a construir casas neste tel, não o fizeram na concha natural que forma a cidade baixa, a que fora ocupada pelo bronze. Os novos habitantes passaram a se fixar na parte mais alta do tel, onde se sabiam mais protegidos. Esta subida ao cume da colina se deve, acima de tudo, à nova capacidade de construir cisternas.

Esta parte mais alta é pequena. Trata-se de uma área de 50m x 55m! A cidade de Arad do bronze antigo era de nove hectares, a do ferro passava a ser de meio hectare!


A parte mais alta de tel passou a ser ocupada no 12o século. Este primeiro assentamento, após tantos séculos de ausência de moradores, deve ter sido mais propriamente uma aldeia. É possível que as referências a Arad em Núm. 21:1 e 33,40, e em Josué 12:14 e Juízes 1:16 tenham em mente a estes primeiros novos moradores de Arad. Estes textos referem-se a cananeus como sendo estes moradores, e também entendem Arad como sendo precursora da Hormá bíblica. Aí deve ter havido alguma mescla. Pois, dificilmente se deveria designar de “cananeus” estes novos moradores do tel. Antes hão de ter sido quenitas, um grupo tribal que no passar do tempo veio a se integrar a Judá.


Arad foi assumida pela monarquia jerusalemitana de Judá no 10o século, ainda em tempos de Salomão, como uma das cidadelas de seu estado. Era antes de tudo um forte militar, protegendo a fronteira de Judá em relação a quem buscasse ingressar nas montanhas dos judaítas, vindo do Vale da Arabá.

Tendo a função de cidadela, não é de estranhar que várias vezes foi tomada, destruída e reconstruída. As camadas arqueológicas do tempo da monarquia de Judá são umas quantas. Ora a cidadela foi atacada por egípcios. Lá provavelmente esteve o faraó Sisaque, no 10º século (1Reiss 14,25). Ora foi arrasada pelos assírios, que devem ter causado estragos no final do 8o século. Depois os edomitas terão sido a ameaça maior, principalmente em direção do último século da monarquia Judá. Os óstracos que tiveram sua origem nestes tempos expressam esta estratégia: evitar que os edomitas avancem.




Como cidadela Arad, sem dúvida, tem sua relevância, pois nos permite obter uma ideia das fortificações do estado de Judá na proteção dos territórios, defendendo-se contra quem inquietasse a vida judaica vinda do sul ou do oeste da Arabá.


Mas, a descoberta mais interessante feita em Arad não são as suas fortificações, mas é o seu templo. Este templo há de ter sido dedicado a Javé. Este templo igualmente sofreu diversas modificações nos vários períodos de construções e reedificações. Aliás, ele encontra-se prefigurado em certos restos de um ambiente de culto encontrado num santuário do 12o século atribuído aos quenitas. As variadas alterações pelas quais passou este templo a partir dos tempos de Salomão estão em continuidade ao que lhe precedia.

Num dos selos encontrados em Arad parece estar representada a estrutura da cidadela. Nela o noroeste é ocupado por um círculo. Crê-se que este círculo quer assinalar o templo. Isto significaria que o autor deste selo entendia o templo de Arad como uma eira, uma bamah, um lugar alto de ritos de fertilidade. E, de fato, a teologia elementar do templo a Javé em Arad era a fertilidade.

O acesso era feito por uma escada. Na entrada ao lugar de culto havia um pequeno altar de incenso de cada lado duas estelas

Estas estelas eram de pedra polida, media 90cm de altura, estava pintada com tinta vermelha, a parte superior era arredondada. O símbolo é, pois, fálico. A teologia deste templo de uma cidadela militar era evidentemente de fertilidade.

Notas:
[1] Confira a respeito Ludwig Köhler e Walter Baumgartner, Lexikon in veteris testamenti libros, Leiden, E.J.Brill, p.734 (termos: ‘aradI, ‘aradII e ‘arod)
[2] Esta é a opinião de Martin Noth, Das Buch Josua, Tübingen, J.C.B.Mohr, 3a edição, 1971, p.149 (Handbuch zum Alten Testament, 7).
[3] Veja a respeito Othmar Keel e Max Küchler, Orte und Landschaften der Bibel - Ein Handbuch und Studienreiseführer zum Heiligen Land, vol.2 (= Der Süden), Köln/Göttingen, Benzinger/Vandenhoeck & Ruprecht, 1982, p.211-214.
[4] Os símbolos religiosos encontrados neste templo encontram-se, hoje, no Museu de Israel, em Jerusalém.

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Arqueologia da Cidade de Ai - Khirber el-Maqatir




AI cidade da tribo de Benjamim, ao leste de Betel. Josué, por causa do pecado de Acã, fracassou no primeiro ataque. Foi a segunda cidade conquistada pelos israelitas e totalmente destruída. A queda de Ai proporcionou a entrada de Israel para o coração de Canaã. Foi reconstruída, sendo mencionada depois em Esdras (2.28) e Neemias (7.32).


A colina de et-Tell é identificada como sendo o local da cidade de Ai.

Neste foto, et-Tell está no centro, tendo a cidade de Betel acima, conforme a narrativa bíblica de Gn 12.8: “E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR”.





Baseados no exame de cacos encontrados na superfície e em algumas escavações realizadas como experiência em 1928, o professor Gatstang e o doutor Albright concluíram que Ai pode ter caído mais ou menos na mesma época que Jericó (em 1.400 a.C.). Nos anos de 1934-1935, Judith Marquet Krause e S. Yeivin realizaram duas breves campanhas nas quais encontraram os restos de uma cidade mais ou menos próspera que havia sido destruída por um incêndio em torno do ano 2.200 a.C. Não foram encontrados indícios de ocupações posteriores, com exceção de uma pequena aldeia hebraica destruída entre os anos de 1.200 e 1.100 a.C.



Josué 7 e 8.
Umas milhas a oeste de Ai (et-Tell) é Kh. el-Maqatir um local alternativo para Ai. A sua localização enquadra-se na área aproximada seria de esperar para encontrar a cidade que Josué destruiu na Conquista. Além disso, a ausência de qualquer evidência de habitação em et-Tell deve obrigar o historiador honesto a procurar outro lugar para Ai.



Se Kh. el-Maqatir foram para provar ser arqueologicamente Ai, a sua localização se encaixa no registro bíblico também. O Sheban Wadi profunda a oeste oferece um local perfeito para as forças de emboscada dos israelitas para se esconder. Com (Josué 8:28) Josué comando foi na colina a leste (esquerda) da estrada moderna e ele fugiu leste, longe do wadi permitindo que a força emboscada para atacar por trás.
Separado do norte por um vale profundo, Khirbet el-Maqatir é aqui visto aos olhos de Josué no seu campo antes de atacar a cidade. Até hoje, muita evidência são encontradas, indicando que Kh. el-Maqatir é Ai dos dias de Josué, incluindo as fortificações da cidade, portão, evidência de batalha e destruição pelo fogo.

Monges bizantinos construíram um grande mosteiro neste lugar por volta do quarto século AD que podem ajudar na identificação desta antiga cidade de Ai. Os primeiros relatórios de Edward Robinson em 1838 mostram que os povos locais pensamento Kh. el-Maqatir A mosteiro foi certamente importante na conservação da memória e identificação de Ai.

Abaixo, um mapa da batalha da conquista da cidade de Ai, indicando a localização de Josué e dos soldados da emboscada (linha vermelha).




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Arqueologia de Khirbet Quiyafa

Khirbet Qeiyafa tem sido local de escavações desde a década de 1860 por Victor Guérin que relataram a presença de uma aldeia no topo da colina. Em 1875, arqueólogos britânicos só encontraram pedras trabalhadas. Em 1932, Dimitri Baramki, informou o que ali tinha existido uma torre de vigia de 35 metros quadrados, esta torre estava associada a Khirbet Quleidiya (Horvat Qolad), algumas centenas de metros a leste. O sitio de escavações foi negligenciado na maior parte, no século 20 pouca coisa é mencionada por estudiosos. Entretanto Yehuda Dagan conduziu pesquisas mais intensas na década de 1990 e documentados os restos visíveis. O sitio despertou a curiosidade em 2005, quando Saar Ganor descobriu estruturas impressionantes da Idade do Ferro com os restos.






Escavações em Khirbet Qeiyafa recomeçaram em 2007, dirigidas por Yosef Garfinkel da Universidade Hebraica e Ganor Saar da Autoridade de Antiguidades de Israel, e continuou em 2008. Estão a ser trabalhados cerca de 600 metros quadrados de uma cidadela da Idade do Ferro. Descobertos grande quantidade de objectos em cerâmica e dois caroços de azeitona queimados testados por carbono-14 na Universidade de Oxford, Garfinkel e Ganor dataram o lugar entre 1050-970 aC.







A escavação inicial Ganor e Garfinklel decorreu de 12-26 agosto de 2007 em nome da Universidade Hebraica de Jerusalém Instituto de Arqueologia. No relatório preliminar na conferência anual ASOR em 15 de novembro, que apresentaram uma teoria de que o sitio foi o Azeca bíblica, que até então tinha sido associado exclusivamente a Zakariya Tell. Em 2008, após a descoberta de um segundo portão, eles identificaram o local como o Sha'arayim bíblica ("duas portas", em hebraico).







Em janeiro/fevereiro de 2009, Hershel Shanks afirma que a cidade foi fortificada pelo rei David. Mais descobertas foram entretanto feita entre as quais uma pedra com a inscrição em hebraico: “fronteira filisteus”. Tudo isto nos dá claras indicações que a Bíblia tem sempre razão.

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