terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Por que razão a Pedra Moabita foi quebrada?


FA Klein era pastor anglicano, nascido na Alsácia, que viajou para a Terra Santa como médico-missionário em meados de 1800. Embora vivesse em Jerusalém, ele viajou muito em ambos os lados do Jordão, buscando aliviar a dor e ganhar convertidos. Como resultado do seu trabalho na Palestina, ele falava árabe fluentemente e tinha muitos amigos entre os árabes.

Na verdade, ele era o único ocidental que podia viajar sem perigo em determinadas áreas a leste do Jordão, onde os beduínos tinham uma lei muito restritiva a estranhos. O governo turco, embora oficialmente no controlo do território, não podia garantir a segurança dos viajantes. Desde as Cruzadas, menos de meia dúzia de europeus tinham viajado nas áreas desérticas áridas do Transjordânia. No verão de 1868, Klein viajou a cavalo para tratar os doentes na área da antiga Moabe, a leste do Mar Morto.

Por esses tempos todos os objetos importantes eram motivos de saque arqueológico, entre eles a Estela de Mesa, ou a Pedra Moabita. Pode-se por esta Estela perceber o valor dos objetos bíblicos de procedência desconhecida, ou seja, artefatos bíblicos encontrados extra-escavação profissional.

Embora o Instituto Arqueológico da América (AIA) e as Escolas Americanas de Pesquisa Oriental (ASOR) tenham políticas rígidas em relação à publicação de artigos e apresentação de trabalhos sobre objetos de procedência desconhecida e artefatos bíblicos numa tentativa de conter a pilhagem arqueológica e falsificação de artefatos bíblicos encontrada em Israel e na Jordânia, outros estudiosos acreditam que os artefatos bíblicos encontrados sem um contexto científico merecem, ainda assim, estudo acadêmico.



Esta Estela de 3 metros de altura em basalto negro chamou atenção de estudiosos 1868 estando na posse de beduínos vivendo a leste do rio Jordão e ao norte do rio Arnon.  Estes eram acessíveis ao Dr. FA Klein, que deixou vários testemunhos sobre a Pedra Moabita. Depois de várias negociações fracassadas para a comprar, a Estela de Mesa foi dividido em dezenas de pedaços e espalhados entre os beduínos. Na década de 1870 vários dos fragmentos foram recuperados por estudiosos e reconstruídos, compreendendo apenas dois terços da pedra original moabita. A marca de papel (chamado de squeeze) que tinha sido redigida pelo FA Klein permitiu aos estudiosos preencher o texto em falta.

Mesmo na sua condição fragmentada, as 34 linhas de escrita fenícia (também chamados de paleo-hebraico) da Stela constituiu a mais longa inscrição monumental num artefato sobre a Bíblia encontrados na Palestina. Sendo a Estela um exemplo chave do valor de artefatos bíblicos saqueados e que dão uma dimensão alargada nas escavações profissionais. A inscrição, que data do século IX aC, relata a história vitoriosa dos moabita do vassalo rei Messa sobre o rei israelita e seus exércitos (daí o nome Estela de Mesa ou Pedra moabita). A Bíblia regista um episódio semelhante em 2 Reis 3.


A Estela de Mesa é um dos artefatos bíblicos mais valiosos encontrados devido à pilhagem arqueológica, também ajudou a esclarecer os estudiosos dos loteamentos tribais entre as tribos do norte de Israel.

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