Então o sacerdote ordenará que por aquele que se houver de purificar se tomem duas aves vivas e limpas, e pau de cedro, e carmesim, e hissopo.
Levítico 14:4
Levítico 14:4
O hissopo é utilizado para criar as águas
de purificação. Essa planta que absorve bem os líquidos eram usadas na
purificação do leproso (Lv 14) e nessa porção é usada como ingrediente na águas
de purificação para a limpeza no contato com a morte (Nm 19). O hissopo (אֵזוֹב) é mencionado pela
primeira vez na aplicação do sangue do cordeiro nas ombreiras da portas durante
o Pessach. Nesse Salmo 51:7 , o rei Davi clamou ao Eterno para a purificação.
Um ramo de hissopo foi usado também para oferecer vinagre para Yeshua (Jesus) durante o
tempo de sua crucificação (João 19:29).
Não há certeza da identificação exata do hissopo. Os termos
hebraico e grego, na realidade, podem abranger diversas espécies de planta.
Alguns peritos modernos dizem que o hissopo das Escrituras
Hebraicas provavelmente é uma variedade de manjerona (Origanum maru). Esta
planta, da família da hortelã, é comum na Palestina. Em condições favoráveis,
atinge de 50 a 90 cm de altura. Seus ramos e suas folhas grossas são pilosos,
e, conforme indicado em 1 Reis 4:33, pode ser encontrada em fendas de rochas e
em muros.
O hissopo foi usado pelos israelitas no Egito para aspergir
o sangue da vítima pascoal nas duas ombreiras e nas vergas das suas casas. (Êx
12:21, 22) Na inauguração do pacto da Lei, Moisés usou hissopo para aspergir o
livro da Lei e o povo. (He 9:19) O hissopo figurava também na cerimônia de
purificação de pessoas ou casas anteriormente infectadas de lepra (Le 14:2-7,
48-53; veja LIMPO, LIMPEZA [Lepra]) e na preparação das cinzas a serem usadas
na “água da purificação”, bem como para se espargir esta água em certos objetos
e pessoas. (Núm 19:6, 9, 18) Assim, Davi orou apropriadamente para ser
purificado de pecado, com hissopo. — Sal 51:7.
O hissopo mencionado em relação com Jesus Cristo, quando
estava pregado na estaca (Jo 19:29), é considerado por alguns como referindo-se
à durra, ou painço-da-índia, uma variedade de sorgo comum (Sorghum vulgare).
Trata-se duma planta alta, de grãos pequenos, com folhas longas e largas. Visto
que esta planta costuma atingir na Palestina a altura de pelo menos 1,8 m, pode
ter fornecido uma haste, ou “cana”, de comprimento suficiente para levar a
esponja ensopada de vinho acre até a boca de Jesus. (Mt 27:48; Mr 15:36) Outros
acham que mesmo neste caso o hissopo talvez fosse a manjerona e sugerem que um
molho de manjerona talvez fosse amarrado à “cana” mencionada por Mateus e por
Marcos. Ainda outros acham que João 19:29 rezava originalmente hys·soí (pique,
dardo [azagaia]), não hys·só·poi (hissopo); motivo da tradução por “num pique”
(AT) e “num dardo” (BJ n).
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