segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A Criação do diabo, o homem, e Deus.



Uma resposta apropriada e melhor elaborada porque vejo que não são poucos que não entendem a relação escravo-filho no Novo Testamento.

Na perspectiva cristã há três personagens no Éden: Deus, o diabo e o ser humano. O humanismo eleva o homem. O dualismo maniqueísta eleva o diabo. A Reforma eleva Deus. É preciso estar atento: quando qualquer um dos três cresce, uma sombra cresce junto.



Se atribuirmos a Deus absoluta soberania (tudo o que ocorre é um desdobramento de seus decretos infalíveis) e o status de sumo bem (nele não há mal algum), o que resta ao diabo e ao humano?




Ora, se em Deus não há mal algum (não possui natureza dual), é preciso colocá-lo na conta do diabo. Mas Deus não é absolutamente soberano? Como o diabo poderia agir fora de seus decretos? Os reformadores admitem uma antinomia: tanto o diabo como o homem agem de acordo com Seus decretos, todavia são responsáveis pelo mal que praticam.

Com tal solução o diabo torna-se “o diabo de Deus” (frase de Lutero), uma espécie de “capitão do mato” dos céus. O homem torna-se um mero ser cuja vontade é “como um jumento, montada ou por Deus ou pelo diabo” (outra frase do reformador alemão). Deus usa o diabo para uma "obra alheia” (opus alienum), mas que ao mesmo tempo é sua “obra própria” (opus proprium). Confuso? Voltemos ao Éden.




Enquanto passeava pelo jardim, homem e mulher cometeram uma infração. Mas a queda, segundo Calvino, já havia sido decretada por Deus. O diabo, travestido de serpente falante, foi um instrumento divino para que este propósito fosse cumprido. Deus é a mão, o diabo a lança, o homem a carne ferida.

A ferida infecciona. Calvino dispara: culpa do homem! Até há remédio, ele diz, mas só para os eleitos.



fonte: Numinosum teologia


Eu prefiro dizer os que se auto elegem, ou auto predestina usando seu livre arbítrio em aceitar este caminho que uma vez aceito deixa de ser livre e passar a ser escravo de cristo como afirma paulo.

Pois aquele que, sendo escravo, foi chamado pelo Senhor, é liberto e pertence ao Senhor; semelhantemente, aquele que era livre quando foi chamado, é escravo de Cristo. (1 Co 7:22)

Obedeçam-lhes, não apenas para agradá-los quando eles os observam, mas como escravos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus. (Ef 6:6)

Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna. (Rm 6:22)

Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro. (Gl 4:7)

Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. (Jo 15:15)




Como ficam?”
Quando formos interpretar as Escrituras, devemos ter duas coisas (simplificando) em mente: primeiramente a Bíblia não é contraditória então as coisas que parecem contraditórias devem ser analisadas com cuidado e devemos analisar o contexto.
Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro. (Gl 4:7)

Este contexto fala sobre escravidão a Lei e não a Deus. Não somos mais escravos da Lei, temos o direito e o privilégio de sermos chamados de filhos de Deus. Isto não exclui que somos escravos da vontade de Deus.

Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. (Jo 15:15)

Novamente, não há contradição nas Escrituras, há complementaridade. Se a Bíblia declara que somos escravos, somos escravos. Afinal qual o sentido em dizer que Cristo é nosso Senhor e Rei se não somos escravos. Contudo, este gracioso Rei e Senhor, nos dá o privilégio de sermos chamados de amigos e de sabermos de seus planos. Isto sem contar as outras infinitas bênçãos nas regiões celestiais em Cristo Jesus.

E você ainda dirá: “Mas podemos escolher ser escravos ou não de Cristo.”

Concordo em dizer que voluntariamente nos escravizamos a Cristo, mas somos levados pela graça de Deus a isto. Além do mais, quando Paulo fala que somos escravos ele relaciona diretamente com a morte de Cristo, o pagamento:

Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo (1 Co 6: 19,20)

Ou seja, por quem Cristo morreu o preço já foi pago e estes agora são propriedades de Deus, escravos de Deus.

Isso, sem contar o sentido mais global de que todas as coisas são escravas de Deus e o servem conforme seus planos soberanos.


segunda parte com a participação do Hebreu Messiânico

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